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Suspeito de agredir e matar ambulante ameaçou vizinha antes do crime

Justiça pediu prisão temporária dos dois suspeitos por 30 dias

Por G1 27/12/2016 11h57
Suspeito de agredir e matar ambulante ameaçou vizinha antes do crime
Reprodução - Foto: Assessoria

Um dos suspeitos de agredir e matar um ambulante no Metrô já tinha histórico de violência. Um boletim de ocorrência registrado pela polícia diz que Alípio Rogério Belo dos Santos, de 26 anos, ameaçou uma vizinha de morte, além de danificar a cama e a porta da casa dela, na mesma noite do crime.

Na ocasião, Alípio alegou que a vizinha teria feito uma fofoca sobre sua ex-mulher, mas negou que tenha ameaçado a jovem. O boletim de ocorrência foi registrado no 8º DP, no Brás.

Alípio e o primo dele, Ricardo do Nascimento Martins, de 21 anos, agrediram o ambulante Luis Carlos Ruas, conhecido como Índio, após a vítima defender um morador de rua homossexual.

A Justiça decretou na manhã desta terça (27) a prisão temporária dos dois agressores.

O corpo do ambulante será enterrado às 16h30 desta terça (27) em um cemitério em Diadema, na Grande São Paulo.

Crime

Segundo o relato de testemunhas, os primos começaram a agredir o morador de rua Edvaldo da Silva, que é homossexual. Ele conta que começou a ser agredido sem motivo quando foi defendido pelo ambulante. Edvaldo também foi defendido por uma amiga travesti, Raíssa, que aparece nas imagens das câmeras de segurança fugindo dos agressores.

Uma travesti, que passa por baixo da catraca, corre, seguida por rapazes com camiseta preta e bermuda branca.

Travesti fugiu dos agressores dentro da estação de Metrô (Foto: TV Globo/Reprodução)

Ela conseguiu escapar. Em seguida, quem aparece fugindo dos agressores é o vendedor ambulante. A vítima ainda tentou correr até a bilheteria do Metrô, mas foi atingido por vários golpes e caiu. Luiz Carlos Ruas morreu no hospital. Ele trabalhava há mais de 20 anos na saída de uma passarela para pedestres do lado de fora da estação.

De acordo com o delegado Oswaldo Nico Gonçalves, os dois homens moram perto um do outro e beberam muito no dia de Natal. O delegado contou que um deles disse que estava muito aborrecido porque teve problemas com a mulher. No mesmo dia, um dos homens teria socado a porta da vizinha na vila em que os dois moram.