Política
TSE e Forças Armadas fecham acordo para apuração paralela; Bolsonaro faz crítica
Medida é inédita na história democrática brasileira; eles farão uma totalização paralela em 385 boletins de urna

As Forças Armadas vão conferir, em tempo real, a totalização dos votos feita pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A medida é inédita na história democrática brasileira. Eles farão uma totalização paralela em 385 boletins de urna. A amostragem, pelas contas dos técnicos, garantiria 95% de confiabilidade.
O resultado dos boletins de cada urna será conferido com os dados enviados pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) para o TSE.
O acordo para o procedimento foi fechado entre os militares e o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, em reunião no dia 31 de agosto para liberar às entidades fiscalizadoras os arquivos brutos da totalização enviados pelos tribunais regionais.
Com isso, os militares terão acesso em tempo real aos dados enviados para a totalização, em vez de ter de coletar as informações na base de dados do TSE disponibilizada na internet.
Militares que estarão a serviço em operações de garantia de votação e apuração devem ser escalados para tirar as fotos dos boletins de urna e enviar para o Comando de Defesa Cibernética.
A expectativa de militares ouvidos pela Folha é que na mesma noite em que o resultado for proclamado já haja também uma conclusão da análise das Forças Armadas.
Bolsonaro faz críticas
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, comentou com ele o acordo com Alexandre de Moraes, no TSE, mas voltou a fazer críticas.
"O último contato com o ministro da Defesa, junto com o ministro Alexandre de Moraes, o que me foi reportado é que com as sugestões das Forças Armadas, caso acolhidas, se reduz a próximo de zero a possibilidade de fraude. Próximo de zero não é zero. O que nós queremos não são eleições limpas?", disse Bolsonaro.
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