Polícia
Presos em Maceió declaravam um salário mínimo, mas movimentaram R$ 200 mil em seis meses
Operação Lavagem Paulista prendeu quatro pessoas em Alagoas e duas em São Paulo; líder da quadrilha é suspeito de homicídio em Balneário Camboriú (SC)

Quatro pessoas foram presas nesta quarta-feira (20) em Maceió durante a Operação Lavagem Paulista, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas (PCAL), com apoio de equipes nos estados de São Paulo e Santa Catarina. A ação teve como alvo uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada.
De acordo com as investigações, os suspeitos presos em Maceió declaravam renda de até um salário mínimo, mas movimentaram cerca de R$ 200 mil em apenas seis meses — valor considerado incompatível com o patrimônio declarado. O dinheiro seria proveniente de atividades ilícitas e movimentado por meio de transações financeiras destinadas a ocultar sua origem.
Segundo o diretor da Diretoria de Inteligência Policial (DINPOL), Thales Araújo, um dos presos atuava como contador do grupo e era responsável por criar, emitir e encerrar empresas fantasmas usadas no esquema de lavagem de dinheiro. Os outros três presos em Alagoas seriam responsáveis por realizar transferências bancárias para os líderes da quadrilha.
“Estamos falando de pessoas cujo patrimônio declarado não condiz com a quantidade movimentada. A renda declarada não chega a um salário mínimo, mas em seis meses movimentaram cerca de R$ 200 mil”, afirmou o delegado Thales Araújo.
Prisões em São Paulo e ligação com homicídio
Outras duas prisões ocorreram no estado de São Paulo, incluindo o líder da organização criminosa e sua esposa. Segundo a PCAL, o homem já era considerado foragido da Justiça por envolvimento em um homicídio ocorrido em Balneário Camboriú (SC), onde um empresário foi executado com pelo menos 18 tiros. O carro utilizado no crime, segundo a polícia, tem o mesmo modelo e marca de um veículo apreendido com os suspeitos nesta quarta-feira.
O diretor-geral da Polícia Civil de Alagoas destacou a periculosidade da quadrilha e o objetivo de enfraquecer financeiramente o grupo.
“É um grupo criminoso com grande movimentação financeira. Nosso objetivo é descapitalizar essa organização. Prendemos as lideranças em São Paulo, que estavam escondidas após o homicídio em Balneário. Agora, com a primeira fase concluída, a inteligência fará uma análise técnico-científica do material apreendido, que será fundamental para a segurança de Alagoas”, afirmou.
Próximos passos
A PCAL informou que pretende solicitar a transferência dos presos para Alagoas, onde devem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação é resultado de mais de um ano de investigação e segue em andamento, com análise de documentos e materiais apreendidos.
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