Cidades

‘Cláudia Pollyanne entrou num estabelecimento privado para ser cuidada e saiu no caixão’

Após conclusão do inquérito, amigos voltam a cobrar resposta sobre morte da esteticista em clínica de reabilitação em Marechal Deodoro

Por Tribuna Hoje 06/12/2025 17h18 - Atualizado em 06/12/2025 19h04
‘Cláudia Pollyanne entrou num estabelecimento privado para ser cuidada e saiu no caixão’
Cláudia Pollyane morreu no dia 9 de agosto, na Clínica Terapêutica Luz e Vida - Foto: Acervo Pessoal

O Movimento Nacional de Vítimas de Comunidades Terapêuticas e o Grupo de Amigos de Cláudia Pollyane continua a cobrar respostas sobre a morte da esteticista na clínica de reabilitação “Luz e Vida”, em Marechal Deodoro, no dia 9 de agosto.

O grupo destaca que, embora o inquérito tenha sido concluído, o caso ainda não foi totalmente esclarecido. “Não houve esclarecimentos sobre os demais crimes pelos quais Mauricio Anchieta foi autuado, nem sobre o andamento das investigações envolvendo Jessica Vilela, também proprietária da clínica, tampouco sobre suposta conivência de funcionários. A sociedade necessita de transparência neste sentido. Claudia Pollyanne entrou num estabelecimento privado para ser cuidada da melhor forma possível e saiu no caixão”.

Neste sábado (6), as assessorias de imprensa e jurídica do grupo de amigos divulgaram uma nota à imprensa solicitando o detalhamento da conclusão do inquérito, visto que a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) divulgou apenas que o suspeito foi indiciado por homicídio doloso.

O movimento pede apoio na cobrança por mais esclarecimentos. Na nota, amigos de Pollyane expressam indignação sobre o processo de apuração do caso. “O Movimento Nacional de Vítimas de Comunidades Terapêuticas e o Grupo de Amigos de Cláudia Pollyane vêm a público manifestar profunda indignação diante da comunicação limitada, fragmentada e insuficiente sobre o inquérito que apura a morte de Cláudia. Até o momento, a única fala pública da delegada Ana Luiza Nogueira, responsável pelo caso, foi um vídeo extremamente curto, no qual informou apenas o indiciamento do proprietário da clínica, Maurício Anchieta, por homicídio doloso. Não houve esclarecimentos sobre os demais crimes pelos quais ele foi autuado, nem sobre o andamento das investigações envolvendo Jessica Vilela, também proprietária da clínica”.

Eles ressaltam que a também proprietária da clínica Jessica Vilela teve seu habeas corpus negado por unanimidade pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), no pleno da Câmara Criminal. “Decisão que reforça a gravidade das acusações que já recaem sobre ela em outro caso envolvendo violência dentro de instituição terapêutica. Ainda assim, não há qualquer informação pública sobre sua situação específica no caso da morte de Cláudia Pollyane”, diz o movimento.