Saúde

Aspiração de corpo estranho é risco de morte para crianças

Expertise, equipamentos e profissionais qualificados são decisivos para o tratamento

Por Assessoria da Santa Casa de Maceió 14/05/2018 16h07
Aspiração de corpo estranho é risco de morte para crianças
Reprodução - Foto: Assessoria
Na manhã de quarta-feira (09) o cirurgião torácico Rodolfo Tenório Mascarenhas recebeu mais uma missão delicada: retirar de uma criança de oito anos uma tampa de lápis hidrocor aspirada. Após a aflição da família e a cirurgia, o paciente se recupera bem. O paciente em questão foi encaminhado pelo Hospital Geral do Estado para a Santa Casa de Maceió, único complexo hospitalar em Alagoas com o equipamento, equipe e expertise necessários para atender a casos de aspiração de corpo estranho. “Corpo estranho é qualquer objeto ou substância que inadvertidamente penetra o corpo ou suas cavidades. Pode ser ingerido ou colocado pela criança nas narinas ou no ouvido, mas apresenta um risco maior quando é aspirado para o pulmão”, explica o cirurgião torácico Rodolfo Tenório. Tampa plástica retirada de criança de 8 anos (Foto: Assessoria da Santa Casa de Maceió) A aspiração de corpo estranho afeta principalmente crianças na faixa etária entre 1 e 3 anos de idade, com mais de 50% das aspirações ocorrendo em crianças menores de 4 anos e mais de 94% antes dos sete anos, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Para se ter uma ideia dos riscos que envolvem o problema, somente nos Estados Unidos morrem 160 crianças por ano devido à aspiração de corpo estranho. Videobroncoscopia A videobroncoscopia, intervenção para retirada de corpo estranho, é um procedimento minimamente invasivo que utiliza imagens geradas dentro do paciente para se retirar o corpo estranho. Neste sentido, a pinça e a ótica acoplada a uma câmera de vídeo, manuseadas pelo cirurgião, percorrem as vias aéreas do paciente até alcançar o local onde está o corpo estranho. “O momento mais delicado, entretanto, é pinçar o objeto e extraí-lo”, diz Tenório. Ele explica também que antes do procedimento o paciente é submetido a uma sessão de tomografia computadorizada, que permite localizar o objeto. Há casos, porém, em que o corpo estranho só pode ser retirado via cirurgia aberta.