Política

Kelmann diz que oposição age com ilações

Líder do prefeito JHC na Câmara Municipal garante que recurso aplicado pela Prefeitura no Banco Master será recuperado

Por Emanuelle Vanderlei - colaboradora / Tribuna Independente 19/11/2025 08h13
Kelmann diz que oposição age com ilações
Lder de JHC na Câmara, Kelmann Vieira destacou que oposição tem usado de artifícios para amedrontar servidores e aposentados - Foto: André Palmeira / Dicom CMM

As provocações na Câmara Municipal sobre a operação da Polícia Federal (PF), que prendeu o dono do Banco Master, Daniel Vacaro, que pode respingar na Prefeitura de Maceió, foram respondidas pelo líder da bancada governista, Kelman Vieira (MDB). Ele acusou a oposição de trazer ilações e repetiu a acusação de que estariam praticando terrorismo.

“Eu acho que aqui é momento de debate, mas um debate sério e que seja pautado na verdade de fato, não é momento da gente fazer política com uma coisa tão séria que é você lidar com aposentados, quem dedicou toda uma vida ao seu trabalho e agora por informações, ou melhor desinformações, porque isso não são informações verídicas se tenta fazer ilações e colocar para os aposentados e pensionistas que eles podem sofrer com os seus salários atrasados”, argumentou o parlamentar.

Kelmann Vieira defende que o recurso investido pelo Município, na cifra de R$ 117 milhões, será recuperado.

“É olhar a legislação federal. Houve uma liquidação extrajudicial. E existe liquidação extrajudicial. Existe uma lei federal que ela faz toda a tramitação e ela diz o passo a passo para acontecer isso. Todos os credores desse banco master vão entrar numa fila. O Banco Central, que houve essa intervenção extrajudicial vai fazer a lista de todos os credores. Todos os ativos desse Banco Master eles serão disponibilizados para que esses credores não tenham prejuízo”, justifica o líder.

O parlamentar defende a operação de investimento do recurso do Instituto de Previdência de Maceió (Iprev) no banco investigado.

“Não há o que se dizer que Maceió investiu em letras podres ao contrário. O que a Polícia Federal investiga e culminou com a prisão do banqueiro do Banco Master e o afastamento dos diretores do BRB é que, essa sim, a transação entre essas duas instituições foi contrária à lei e fraudulenta. Essa operação em si, mas em nenhum momento foi ventilado, nem por longe, que o município de Maceió está fazendo parte de alguma negociação ou de algum investimento que usou letras podres. Eu rechaço com veemência quando a oposição traz para a Câmara Municipal os fatos que não são verdadeiros e está usando esses fatos para amedrontar os aposentados e pensionistas, por isso que eu digo, isso é um terrorismo desnecessário em uma política pequena porque nós temos que debater sim, mas com a verdade dos fatos e isso que tá acontecendo aqui não está em consonância com a verdade do fato”, reforça.

Sobre a preocupação de os servidores serem afetados, Kelmann Vieira derrama elogios à gestão JHC (PL) e acusa a gestão de Rui Palmeira de ter colocado o Município nesse risco.

“Eu faço uma pergunta a todos aqui que levantam que existe essa possibilidade. Como é que um gestor pega um fundo de previdência com R$ 300 milhões e coloca hoje ele com R$ 1,4 bilhão. Qual é o risco que se tem de atrasar? Nenhum. Era mais fácil se fosse lá atrás, se o prefeito JHC não quadruplicasse isso talvez tivesse um risco, mas com o prefeito que usa da transparência que usa da legalidade e sobretudo sobre investir porque previdência todos nós sabemos que não é uma questão tão simples de se resolver. A previdência no país inteiro, todos os municípios e estados sofrem com déficit previdenciário. E é por isso que os seus gestores têm que ter uma diversificação, de pegar esses recursos, investir no mercado financeiro porque quase todas são necessárias”, analisa o parlamentar.

Na sessão de ontem (18), os vereadores que são da base aliada do prefeito defenderam uma reunião entre o órgão e os representantes dos servidores.

“Nós vamos fazer uma reunião, vamos chamar todos os sindicatos e o Iprev vai mostrar o que está sendo feito para que a gente possa ir atrás desses R$ 117 milhões”, prometeu Kelman.

Além de Kelman, usaram a fala para defender a imagem da gestão municipal e as transações com os bancos envolvidos nas investigações os vereadores David Empregos (UB), Zé Márcio (MDB) e Neto Andrade (PL).