Política

Complexo Turístico de Olho d’Água do Casado corre risco de demolição por irregularidades em construções, aponta Incra

Por Tribuna Hoje com agências 10/09/2025 11h13 - Atualizado em 10/09/2025 14h50
Complexo Turístico de Olho d’Água do Casado corre risco de demolição por irregularidades em construções, aponta Incra
A "Prainha da Dulce", que se consolidou como um dos maiores atrativos turísticos de Alagoas, é um dos principais pontos de controvérsia - Foto: Reprodução

O complexo turístico de Olho d’Água do Casado, localizado no Sertão de Alagoas e conhecido como a porta de entrada para os Cânions do São Francisco, enfrenta uma grave ameaça de demolição. Um relatório do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) apontou irregularidades nas construções erguidas dentro do Projeto de Assentamento Olho d’Água, popularmente conhecido como "Prainha da Dulce", o principal ponto de acesso para os passeios aos cânions.

Segundo o documento do Incra, bares, restaurantes, chalés e até o mirante turístico foram construídos em áreas de preservação permanente e de reserva legal, sem a devida autorização do órgão federal. Além disso, a pavimentação da rodovia Portal dos Cânions, inaugurada em 2020, que corta terrenos do assentamento, também é questionada, pois não teria seguido as normas legais pertinentes à área.

A "Prainha da Dulce", que se consolidou como um dos maiores atrativos turísticos de Alagoas, é um dos principais pontos de controvérsia. A região tornou-se essencial para a economia local, atraindo turistas de várias partes do Brasil e do mundo e gerando emprego e renda para as famílias da cidade.

No entanto, a possível demolição do complexo está gerando um forte movimento de oposição entre empresários e trabalhadores do setor turístico. Donos de pousadas, hotéis, restaurantes e embarcações alegam que a destruição das estruturas pode causar um impacto devastador na economia local, comprometendo a principal fonte de sustento da comunidade.

Embora a Prefeitura de Olho d’Água do Casado tenha sido informada sobre a situação desde 2021, apenas recentemente iniciou ações para tentar evitar a demolição das construções, buscando alternativas para regularizar a situação sem prejudicar o setor turístico local.

A questão, que envolve o equilíbrio entre o desenvolvimento do turismo e a preservação ambiental, continua a gerar um intenso debate na cidade, com a população e autoridades buscando uma solução que evite danos irreparáveis à economia e ao meio ambiente da região.