Política

JHC diz que só pensa em 2026 no próximo ano

Empossado para seguir no comando da capital, prefeito entende que cenário atual é de trabalho e próximas eleições ficam para depois

Por Emanuelle Vanderlei - colaboradora / Tribuna Independente 03/01/2025 09h58
JHC diz que só pensa em 2026  no próximo ano
JHC já sinalizou como a gestão em Maceió vai seguir e garantiu Rodrigo Cunha como titular da Infraestrutura - Foto: Ascom Câmara Municipal de Maceió

O prefeito de Maceió, JHC (PL), iniciou, oficialmente, o segundo mandato como gestor da capital alagoana na última quarta-feira, 1º de janeiro de 2024. Na cerimônia de posse, a atitude diplomática e as respostas evasivas à imprensa deram o tom de que ele deve manter as articulações todas nos bastidores. A novidade da posse foi que o vice-prefeito, Rodrigo Cunha (Podemos), que assumirá também como secretário de Infraestrutura de Maceió.

O prefeito estava otimista, falou em casa arrumada, garantiu que o próximo mandato será melhor. “Nós organizamos a casa, hoje a máquina está ajustada, tem uma capacidade de investimento que é completamente diferente do que a gente pegou. Maceió estava atolado em dívidas, os serviços públicos não funcionavam, e hoje é diferente”, disse ele, sem mencionar que o orçamento previsto para 2025 já é menor que o de 2024, e os aportes relativos ao acordo com a Braskem acabaram.

O prefeito segue evitando falar sobre o assunto eleições, nem confirma nem nega o assunto. “2026 a gente vai discutir em 2026. A nossa prioridade, este é um ano administrativo, a oportunidade que a gente tem de contribuir ainda mais para a nossa cidade. E estou muito animado para a gente dar continuidade a esse trabalho”, disse ele. Mas a movimentação para a candidatura ao Governo de Alagoas em 2026 é dada como uma certeza por aliados.

Desde que Rodrigo Cunha foi anunciado como seu vice, antes das eleições, a aposta da maioria é de que JHC só cumpre o início do mandato, e por isso foi possível fazer o senador abrir mão da cadeira pelos dois últimos anos de mandato em Brasília para virar o próximo prefeito de Maceió, deixando Eudócia Caldas (PL), mãe do atual prefeito, assumir a vaga neste início de ano.

A primeira grande ação deste mandato municipal deve ser a reforma administrativa, que recebeu o aval da Câmara Municipal no apagar das luzes do último mandato, em plena véspera de Natal. Com a justificativa de modernizar a estrutura de cargos de provimento em comissão e funções gratificadas da Administração Municipal, ele apresentou o Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município de Maceió que “altera a lei delegada nº 006, de 18 de abril de 2023”.

A mudança prevê a criação de cargos de Natureza Especial (NES), com 160 vagas destinadas a cargos de alto escalão, e com remunerações de R$ 16 mil, R$ 13 mil, R$ 11 mil e R$ 9 mil. Também estão no projeto os cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), com 3440 vagas, e com remunerações variando de R$ 8 mil a R$ 1.700, sendo 140 das vagas na faixa mais alta.

Já a relação com a Câmara Municipal deve permanecer fácil como no primeiro mandato. A posse dos parlamentares aconteceu junto com a dos gestores. Apesar de eleger 11 vereadores para esse mandato que se inicia, a oposição já encolheu antes mesmo do início do mandato, e agora conta apenas com 4 nomes na casa.

A eleição da Mesa Diretora, realizada também no dia 1º, confirmou apenas nomes da base aliada no comando. O presidente, Chico Filho (PL), foi o líder da bancada governista no mandato que encerrou no mês passado. Galba Netto (PL), que estava na presidência da casa e entrou em alguns embates de bastidores pela reeleição, ficou como 1º secretário.