Na sexta-feira (16), foi decretado oficialmente o início da campanha eleitoral. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), agora já pode usar o número do candidato e começar a pedir voto. As agendas de alguns candidatos à Prefeitura de Maceió já começaram, mas por enquanto, o clima da campanha pode ser considerado morno.

Candidato do MDB à prefeitura, o deputado federal Rafael participou, na sexta (16), de uma missa católica na Paróquia Nossa Senhora das Graças, na Levada, ao lado da vice Gaby Ronalsa (PV). A noite participou no Benedito Bentes do lançamento da campanha de um dos candidatos a vereador da sua chapa, Allan Pierre (MDB). Está programado para o sábado (17), participar, às 14h, do lançamento da campanha do ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira, que vai disputar uma das vagas na Câmara de Maceió. Em seguida, às 15h, tem encontro com a Juventude na Jatiúca, com Charles Hebert (PCdoB), e finaliza o dia com uma caminhada na Pajuçara e Ponta da Terra, ao lado do vereador, Kelmann Vieira. Nas redes sociais, Brito iniciou a campanha com mais um vídeo com críticas à gestão JHC e reforçando seu slogan “Maceió levada a sério”.

Já a jornalista Lenilda Luna (UP) também começa a campanha com entusiasmo. Na tarde de sexta-feira (16), ela deu o pontapé inicial na campanha com uma caminhada no Centro de Maceió, e no sábado (17), pretende participar de uma roda de conversa com sindicalistas, no período da tarde.

Mas nem todo mundo definiu agenda imediata. A equipe de Lobão (Solidariedade) anunciou o lançamento oficial da campanha para a manhã da próxima terça (20), em uma coletiva de imprensa em Jaraguá, seguida de uma visita a um dos bairros que foi vítima da Braskem. “Após a coletiva, o grupo seguirá para o bairro Flexal de Baixo. O local faz parte da região, onde a extração criminosa do sal-gema pela Braskem obrigou mais de 55 mil moradores a deixarem seus imóveis devido ao processo de afundamento do solo provocado pela mineração durante décadas”.

Atual prefeito e candidato à reeleição, JHC (PL) não divulgou ações presenciais até o fechamento desta edição. Nas redes sociais, seu principal instrumento de diálogo com os eleitores, ele já publicou alguns vídeos e fotos em tom de humor e reforçou o slogan “Trabalho que não para”.

ESTRATÉGIAS

Considerando as pesquisas que os candidatos têm acesso, a oposição talvez precise ampliar as estratégias para crescer e dificultar a vida do atual prefeito. Depois de uma pré-campanha empenhada em mostrar os problemas da atual gestão, o nome de JHC segue na cota de favorito.

Na avaliação da cientista política e professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Luciana Santana, os candidatos provavelmente não vão parar com as críticas.

“Bom, o que eu acho é que as críticas vão continuar, é uma estratégia que eu acho que vai continuar, até porque com o início efetivo das campanhas é que a gente vai entender se a população vai entender ou vai se alinhar ou não a essas críticas. Até então era uma pré-candidatura, com pouca força, com pouca visibilidade. Então acho que isso vai continuar. Agora outras frentes que ele deveria investir é também ter o caráter propositivo no sentido de o que eu vou fazer efetivamente, e se o que eu pretendo fazer efetivamente está alinhado com o que a população espera. Aí, claro, demanda inclusive um esforço interno da campanha de pesquisas, grupos focais etc. E esse investimento é normal que uma campanha faça para tentar identificar o que o eleitor espera”, avalia a cientista política em contato com a reportagem da Tribuna Independente.

Em posição confortável, mas com um telhado de vidro bem exposto, JHC tenta manter a postura de fugir do debate sério. Santana acredita que ele vai permanecer assim. “Acho que não deve mudar muito o comportamento, deve evitar um enfrentamento direto para não ter qualquer tipo de desgaste. É algo que, a meu ver, é importante aguardar é ver como que ele vai reagir nos debates e se a forma como ele vai reagir se ele vai produzir algum tipo de desgaste ou não”.