Política

Da luta à ampliação de plataformas

Jornalismo da Tribuna Independente tem se mantido no mercado graças à inovação, diz o presidente da Jorgraf, Paulo Gabriel

Por Redação 10/07/2024 09h07 - Atualizado em 10/07/2024 09h16
Da luta à ampliação de plataformas
Presidente da Jorgraf, José Paulo Gabriel detalha como a Tribuna inova no mercado da comunicação e destaca atuação integrada de seus cooperados - Foto: Tribuna

A primeira edição semanal do jornal Tribuna Independente causou rebuliço na cidade. Na primeira manifestação para divulgação do jornal, na Avenida Fernandes Lima, o trânsito foi interrompido de um lado da pista, com faixas e carro de som contando toda a luta travada.

Os credores cobravam os débitos; assinantes reclamavam que tinham pago por um jornal que não estavam recebendo; diversas pessoas e empresas, que também foram enganadas, reclamavam do calote. E nesses momentos era explicado o que estava acontecendo.

Quando as primeiras edições semanais foram saindo, os jornalistas e gráficos iam para os sinais de trânsito para vender o produto colocando o desabafo para a população.

Então, a ideia de criar uma cooperativa que reunisse as duas categorias começou a tomar fôlego. Para que isso se tornasse realidade era necessário ter o aval dos donos do prédio onde a antiga Tribuna de Alagoas funcionava, que era a família Farias, e também do Banco do Nordeste, financiador do maquinário.

SURGE A JORGRAF

Com garra, coragem e resistência, sob o comando dos trabalhadores e depois de discussões sobre uma alternativa de reinserção no mercado de trabalho, nascia a Jorgraf, primeira cooperativa de jornal com duas categorias do país, que teria como principal produto o jornal Tribuna Independente. Sua primeira edição diária circulou no dia 10 de julho de 2007.

PRESIDENTE

O presidente da Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos de Alagoas (Jorgraf), detentora do jornal Tribuna Independente, Gráfica Tribuna, portal Tribuna Hoje e TV Web Tribuna, José Paulo Gabriel, salientou que nestes 17 anos o jornal Tribuna Independente é símbolo de luta e resistência e que continuará sendo por muito mais anos.

“São favas contadas os problemas que o mercado da comunicação vem passando nos últimos anos – sabemos que as receitas para o setor diminuíram ou estão sendo maiores distribuídas para os meios tecnológicos, digo as redes sociais. Ou seja, temos um único caminho a seguir. Devemos criar e formatar uma linha editorial que trabalha a regionalidade, reportagens bem produzidas com investigação, mostrar o que o leitor local quer saber ou entender, só assim continuaremos firmes no mercado”, ressaltou Paulo Gabriel.

Para o presidente da Jorgraf, o jornalismo impresso atualmente concorre de forma desleal com as redes sociais, mas ele acredita que não vai deixar de existir. “De fato cerca de 70% dos recursos econômicos investidos para a comunicação vão para Microsoft, Twitter, Google e Facebook uma tendência mundial que recebe informações em grandes volumes e redistribui cobrando em menor valor acaba sendo desleal porque dificulta o trabalho da imprensa tradicional. Porém, apesar dessas dificuldades o jornal impresso não vai morrer. O que sempre digo que está morrendo são as produções jornalísticas que atualmente deixaram de ser tão atraentes. Como disse, as produções devem ser de interesse da sociedade, algo que esteja mais próximo de quem consome o jornal”, avaliou.

QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE

Gabriel ressaltou ainda que a equipe que compõe os jornalistas, os gráficos e demais funcionários são profissionais qualificados e com credibilidade no mercado. “Temos excelentes profissionais – ou seja, temos e vamos seguir com esse projeto de uma linha editorial mais próxima dos alagoanos produzindo matérias e reportagens da nossa Alagoas sem repetir o que já está sendo noticiado na mídia eletrônica. E isso, não é difícil pois aqui temos boas práticas jornalísticas”.

Além disso, o presidente da cooperativa ressalta que a concorrência não vai deixar de existir, mas será uma concorrência apenas por anunciantes. “Até porque a concorrência com as mídias não seria tão forte, muitas estão ficando cada vez menores. Nosso crescimento é algo que pode ser concretizado. Já temos um parque gráfico, bons profissionais, disposição. O que falta agora é só acertar os ‘ponteiros’ e vê a melhor forma dessa linha editorial”.