Política
1º de maio tem luta contra a Braskem em Maceió
Centrais dos trabalhadores cobram revogação de terceirização, das reformas trabalhista e da previdência
Crime da Braskem e suas consequências para a classe trabalhadora, valorização dos servidores públicos e trabalhadores do setor privado, regulamentação do trabalho por aplicativo e avanços na reforma agrária. Essas são as principais bandeiras de luta do movimento sindical em Alagoas neste 1º de maio, Dia do Trabalhador.
À reportagem da Tribuna Independente, Luciano dos Santos, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Alagoas (CUT/AL), detalha a pauta local. “Esse crime da Braskem trouxe prejuízo, diariamente a gente sente isso tanto da mobilidade, como na questão da habitação, com a especulação imobiliária. O custo da moradia subiu de um jeito que implica em várias migrações de comunidades que tinham todo um acesso à cidade e se encontram numa situação de ter que recomeçar suas vidas, isso é muito grave. A gente tem um problema também muito sério com os servidores estaduais que sofrem perdas está acumulada de 18,35% desde 2015, com a ausência de reposição inflacionária. Do serviço público federal temos uma mobilização em curso, porque também acumulam perdas desde a gestão Michel Temer [MDB]. A gente também vai estar é lançando campanha salariais do segundo semestre como bancários, correios e muitas outras categorias, mas hoje o foco é Central aqui de Alagoas essa questão de servidores”.
Mas ele ressalta que a atividade que acontece neste Dia dos Trabalhadores na orla de Maceió, faz parte de uma grande movimentação nacional que está apenas começando, e que a pauta unificada quer cobrar diretamente do Congresso Nacional e do presidente Lula, a ideia é recuperar as batalhas perdidas desde “o golpe” sofrido por Dilma Roussef.
“É um ano especial por conta da nossa marcha, o 1º de Maio vai ser o lançamento da Marcha da Classe Trabalhadora com esse tema ‘Por um Brasil mais justo’. A gente entende que o Brasil mais justo só é possível com revogação imediata de várias medidas que foram tomadas pelo parlamento desde 2016, considerada por nós medidas ‘anti-povo’, como a reforma trabalhista, a reforma da previdência e a lei da terceirização”.
A Marcha acontece ainda esse mês. “Será uma marcha em Brasília no dia 22 de maio para entrega de um de um documento à Câmara dos Deputados e ao presidente Lula com essas mesmas pautas do 1º de Maio”.
A polêmica regulação dos trabalhadores de aplicativos também está na pauta nacional dos sindicalistas, como conta Luciano. “Além da revogação dessas três medidas têm a questão do trabalho decente, porque não é razoável você ter quase um milhão de trabalhadores só dos aplicativos trabalhando de uma forma precária para uma plataforma milionária como a Uber e a 99”.
Um outro ponto que eles trazem é a discussão ambiental. “Temos também a questão da defesa do meio ambiente, o que no passado seria o aquecimento global, mas se agravou de um jeito que agora é emergência climática. A gente precisa cobrar a responsabilidade das empresas sobre esse impacto do meio ambiente”. Essa questão ambiental, eles reforçam que também está ligada à questão de luta pela terra. “Vamos lutar por uma reforma agrária imediata, a defesa da agricultura familiar como forma de trazer sustentabilidade ambiental”.
LOCAL
Em Alagoas, o 1º de Maio é marcado por um ato público na orla de Maceió. A concentração está marcada para as 8h, no início da Pajuçara (onde era o antigo CRB), com passeata até a Praça Sete Coqueiros. “A gente vai contar com lideranças políticas dos movimentos sindical, de luta pela terra e dos novos dos movimentos. A gente vai fazer esse debate político durante atividade e encerra com apresentação cultural”.
Mais lidas
-
1Penedo
Morre Carminha, uma das primeiras personagens de Carlinhos Maia na época dos vídeos na Vila Primavera
-
2Vem aí!
Quando Bahar descobre que Sarp está vivo em 'Força de Mulher'?
-
3Tragédia
Acidente em rodovia de Pernambuco deixa dois alagoanos mortos
-
4Excesso
Comer sementes de maçã pode levar à morte?
-
5Mineração
Royalties: Craíbas recebe sete vezes mais que Maceió