Política
Operação do Ministério Público de MG tem alvo em Alagoas
Agentes cumpriram um mandado judicial no município de Jequiá da Praia; investigação apura crimes de lavagem de dinheiro

Uma operação do Ministério Público de Minas Gerais cumpriu ontem (30), mandatos em quatro estados do país, incluindo Alagoas. As investigações apontam que a rede criminosa movimentou R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos “em valores suspeitos”.
Em sua primeira fase, a operação ‘Mamon’, identificou uma grande rede de lavagem de capitais ilícitos oriundos de várias modalidades criminosas com a utilização de diversas empresas fantasmas, dentre elas uma rádio e uma igreja evangélica.
A apuração também identificou empresas que de fato funcionam, mas têm uma movimentação muito acima do esperado. É o caso de uma padaria, que fica em São Paulo e movimentou R$ 30 milhões.
O trabalho contou com a participação de um delegado de polícia, um promotor de Justiça do Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Belo Horizonte, além de promotores de Justiça e 41 policiais civis e militares dos Gaecos dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Tocantins, Alagoas e Amapá.
A reportagem da Tribuna Independente buscou informações junto ao MP Estadual para saber se teria maiores informações sobre a operação que esteve em Alagoas, no entanto a resposta do órgão ministerial é de que só “houve suporte ao MP de Minas Gerais”. O MPE disse ainda que todas as informações estão concentradas em Minas Gerais.
A Tribuna também tentou contato telefônico e via e-mail com o Ministério Público de Minas Gerais para conseguir informações sobre o alvo da operação em Alagoas, mas não houve divulgação de mais detalhes.
A reportagem apurou também que houve uma batida policial no município de Jequiá da Praia, cidade localizada no Litoral Sul de Alagoas e distante há pouco mais de 70 km de Maceió.
No final da tarde de ontem, a assessoria de comunicação do MP em Minas Gerais confirmou que houve um mandado judicial cumprido no município.
Na segunda fase, será analisado todo o material apreendido. A investigação também segue para descobrir a origem do dinheiro e até onde ele chegou.
O NOME
Mamon é um termo de origem aramaica que significava, inicialmente, dinheiro, mas passou a representar também uma divindade síria ligada à riqueza. Posteriormente, essa divindade foi lida pelos cristãos como um demônio que personificava o pecado capital da avareza e seria um dos sete príncipes do inferno.
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