Política
Ato pela democracia e em defesa da educação pública toma ruas da Praça do Centenário ao Centro
Estudantes, docentes e técnicos de universidades e institutos federais se manifestam contra cortes orçamentários feitos pelo governo federal
As ruas de Maceió que ligam a Praça do Centenário, no Farol, à Praça Deodoro, no Centro de Maceió, foram tomadas na tarde desta terça-feira (18) por manifestantes compostos por estudantes, docentes e técnicos das universidades e institutos federais de Alagoas. O ato defende a educação, a democracia e se posiciona contra os cortes orçamentários que essas entidades vêm sofrendo nos últimos anos com o atual governo federal de Jair Bolsonaro.
Presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), Jailton Lira ressaltou que a manifestação acontece em todo o Brasil. "Hoje é um dia que a comunidade acadêmica, que o movimento estudantil, que o movimento social e sindical está se organizando para ir às ruas, cobrar da sociedade e do governo que restabeleça os valores orçamentários que foram retirados, subtraídos da educação ao longo dos anos e nós estamos aqui pra exigir de fato isso, que a educação seja respeitada como direito constitucional com recurso pra pesquisa, pra ensino, pra extensão, pra que nós possamos apontar na direção de um país mais justo, mais igualitário, mais fraterno e só a ciência, só a educação possibilitaria isso", pontuou.
O reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo, também participou do ato em defesa da educação pública.
Presente na manifestação, o recém reeleito deputado federal Paulão (PT) destacou a articulação ocorrendo entre o movimento estudantil de Ufal, Ifal e dos secundaristas. "Infelizmente esse governo atual já demonstrou que não tem compromisso com essa política estruturante. Elegeu principalmente as universidades públicas como inimigas, os Institutos Federais, fazendo cortes orçamentários, agora deu um corte do ponto de vista mais grave que é o custeio, que é o cotidiano, isso coloca em xeque a qualidade de ensino e é fundamental principalmente o aluno que tem benefício direto e tem grau de legitimidade, ir pra rua, sensibilizar a sociedade. A partir de casa, dos seus pais, amigos, ter todo um processo de mobilização, acredito que a gente consegue sair da bolha quando você coloca alunos, pessoal administrativo, os docentes, essa sinergia com a sociedade", disse o deputado.
Paulão também ressaltou a presença de partidos políticos e da sociedade civil organizada para realizar um trabalho qualitativo de sensibilização da população sobre os riscos que corre a educação no Brasil. "Se tiver continuidade desse atual presidente, infelizmente, vai ser a derrota da educação no Brasil, de todas as políticas públicas, políticas públicas que dão dignidade, qualidade de vida do povo. Por isso que o PT está aqui e eu faço questão, principalmente agora reeleito, já tinha essa pauta, continuarei fazendo grandes debates naquela casa, na Câmara Federal, para defender uma política pública tão importante que é a educação pública", finalizou o deputado.
Paulo Omena, coordenador de administração e finanças do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), disse que a Ufal vem sofrendo ataques repetitivos do governo Bolsonaro desde o início da administração há quase quatro anos. Paulo também citou os comandantes que o Ministério da Educação teve nos últimos anos como demonstração de um desmonte no setor. "Quando nós tivemos dentro do Ministério da Educação uma série de ministros, entra ministro, sai ministro, nenhum deles envolvido com pensamento de melhoria da educação, ao contrário, querendo pegar ouro, fazer bíblia com fotografia, dizer que a terra é plana, tem outros que entraram lá com currículo falso. É uma gama de ministros general de exército, não vejo como pra botar uma pessoa ligada ao exército pra tomar conta da educação. Foi um governo infeliz e que nós estamos aqui para tentar mudar essa situação em prol da democracia e em prol da educação", afirmou.
Thatiana Machado, coordenadora do DCE Ufal, falou do ponto de vista dos estudantes tendo que lidar com o sucateamento da educação pública no país. "Nós estudantes estamos nas ruas para defender nossa educação que está sendo sucateada todos os dias pelo governo Bolsonaro, nesse governo fascista, e também que ameaça nossa democracia. Então é muito importante esse ato por todo o Brasil pra gente mostrar pro Bolsonaro que aqui no Brasil ele não vai implantar outra ditadura e nem vai acabar com a nossa educação. Nós estudantes vamos derrubá-lo, vamos acabar com esse governo corrupto que está aí há mais de quatro anos. A gente vai vencer e vamos à luta", finalizou a Thatiana.
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