Política

CUT lança site para trabalhador denunciar coação eleitoral

Por Assessoria 07/10/2022 22h02
CUT lança site para trabalhador denunciar coação eleitoral
Coação eleitoral - Foto: Divulgação

Com a definição do 2º turno das eleições entre o ex-presidente Lula - PT) e o presidente Jair Bolsonaro - PL, no próximo dia 30 de outubro, alguns patrões aumentaram a pressão sobre os trabalhadores e trabalhadoras para que votem em seu candidato. Alguns empresários ameaçam com demissões, outros prometem prêmios em dinheiro.

Isso é crime! Denuncie.

A CUT criou um formulário para o trabalhador/a fazer a denúncia, que você encontra no site www.cut.org.br.

Nem precisa se identificar se não quiser. A CUT vai encaminhar todas as denúncias ao Ministério Público do Trabalho - MPT para garantir seus direitos.

PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA - As denúncias também estão ocorrendo na área religiosa, como a de uma doméstica membro da Assembleia de Deus, dirigente de ministério, que por confessar ter votado em Lula no primeiro turno, foi retirada do cargo e disciplinada, não podendo sequer, participar da ceia.

CRIME - Patrões que ameaçam demitir quem não votar no candidato que eles determinam está cometendo crime eleitoral, previsto na Constituição Federal de 1988.

O artigo 5°, parágrafo VIII diz “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Já o Artigo 14° reforça que a “soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e polo voto direto e secreto, com valor igual a todos”.

Significa que ninguém deve se submeter à ordem ou coação na hora do voto. O assédio eleitoral ou a compra de votos também está descrita como crime em lei pelo artigo 301 do Código Eleitoral.

A CUT e as demais centrais vão encaminhar os casos ao Ministério Público do Trabalho - MPT e também levar essas denúncias à Organização Internacional do Trabalho - OIT, apontando o assédio eleitoral como prática antissindical das empresas.