Entretenimento
Médicos explicam perda de bebê da apresentadora Tati Machado em final de gestação
Perda gestacional em estágio avançado não é comum, mas pode acontecer

A apresentadora Tati Machado revelou que perdeu o bebê que estava esperando. Grávida de 33 semanas, ela deu entrada na maternidade após perceber a ausência dos movimentos de seu bebê. Até então, a gravidez transcorria de forma saudável e já se encontrava na reta final.
A artista fez uma postagem nas redes sociais através de sua equipe. "Infelizmente, foi constatada a parada dos batimentos cardíacos do bebê, por causas que ainda estão sendo investigadas", diz parte da nota. Tati Machado precisou passar por trabalho de parto e está sob cuidados. Após a publicação, a apresentadora da TV Globo optou por fechar os comentários das suas postagens no Instagram.
O que é uma morte fetal tardia?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define como morte fetal tardia aquela que ocorre a partir da 28ª semana completa de gestação ou quando o feto já atinge peso igual ou superior a 1 quilo.
“Nessa fase nós sabemos que existe o que a gente chama de viabilidade, ou seja, se o feto nascer com mais de 28 semanas e acima de 1000 gramas, ele tem uma boa probabilidade de sobreviver”, explica o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo, médico associado à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Segundo dados do DATASUS, entre 8,6 e 9,3 bebês morrem a cada mil nascimentos nessa fase final da gravidez. “Isso varia bastante entre as regiões, Norte e Nordeste têm números até 40% maiores que Sul e Sudeste, principalmente por causa das diferenças no acesso à saúde”, afirma Fabiane Berta, ginecologista e obstetra especializada em medicina fetal pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
Quais são as principais causas?
Nem sempre é possível saber o que causou a morte de um bebê no final da gestação. Mesmo após investigação detalhada, cerca de 25% dos casos permanecem sem explicação conclusiva. Ainda assim, a medicina já identificou as causas mais frequentes:
Insuficiência placentária, quando a placenta não consegue fornecer oxigênio e nutrientes adequados ao bebê;
Descolamento prematuro de placenta;
Complicações do cordão umbilical, como nós ou compressão;
Pressão alta na gravidez, incluindo pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
Infecções silenciosas, como sífilis, listeria, citomegalovírus e toxoplasmose;
Malformações fetais incompatíveis com a vida;
Diabetes gestacional mal controlada;
Incompatibilidade de fator Rh (menos comum por causa dos exames).
Além disso, fatores maternos como idade avançada (acima dos 35 anos) ou muito jovem (abaixo dos 19 anos), obesidade grave, lúpus, trombofilia ou histórico de perda gestacional aumentam o risco.
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