Política

Avanço da covid-19 preocupa CUT e demais centrais sindicais

Central Única dos Trabalhadores mobiliza lockdown por “Fora Bolsonaro!” e manifesta-se a favor de vacinas e auxílio emergencial

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 24/03/2021 08h08
Avanço da covid-19 preocupa CUT e demais centrais sindicais
Reprodução - Foto: Assessoria
Já são quase 3 mil mortes diárias no país após um ano de pandemia e diante da exaustão do sistema de saúde, lentidão na aplicação de vacinas e ausência de um plano nacional organizado para a imunização em massa, as centrais sindicais de trabalhadores, lideradas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), decidiram convocar as categorias dos mais diversos setores para um lockdown nesta quarta-feira (24), em todas as capitais do país. A presidente da CUT em Alagoas, Rilda Alves, falou da importância do evento diante da situação crítica que o Brasil vem vivendo. “Estamos chamando a sociedade para uma paralisação, uma conscientização sobre o que estamos vivenciando em nosso país. Sobre a vacina, não temos como pensar no crescimento do país com essa situação da pandemia alastrando todos os estados. E o Governo Federal não tem tomado nenhuma medida eficaz. A gente também vai dialogar com a sociedade sobre os aumentos dos preços do gás, da gasolina, dos alimentos, o que só faz aumentar o desemprego e a fome no país”. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), será uma das entidades que estarão presentes no evento. A instituição anunciou que as escolas da rede pública de Alagoas vão parar nesta quarta-feira (24) para que toda a categoria participe da programação nacional do lockdown para cobrar vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600, e protestar contra a retirada de direitos imposta pelo governo Bolsonaro. De acordo com a presidenta Consuelo Correia, o Sinteal planeja realizar ações no interior onde os prefeitos estão obrigando as pessoas a trabalhar de forma presencial, para fechar as escolas. “Vamos pressionar as prefeituras que ainda não entenderam a gravidade do momento. Fora isso, serão espalhadas faixas para chamar atenção da sociedade e o dia é de desconectar”. O Sinteal pontua ainda que sem a possibilidade de realizar atividade presencial de grandes proporções, a proposta é dar visibilidade ao trabalho remoto parando. “Às vezes só percebemos que um trabalho está sendo feito, quando ele para. O trabalho remoto deixa a impressão de que estamos sem trabalhar, descansados. Um dia sem atividades é um grito de alerta, do quanto nós da classe trabalhadora estamos sendo essenciais e produtivos neste momento. Principalmente a educação”. A iniciativa nacional é puxada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais. Além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. “Motivos não faltam para que a população pare tudo, se recuse a trabalhar e proteste: já são mais de três meses sem o auxílio emergencial; o caos na saúde pública avança com hospitais sem leito de enfermaria, nem de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e até sem medicamentos básicos para dor; faltam vacinas anti-Covid-19 e as taxas de desemprego continuam subindo”, reforça notícia no Portal da CUT.