Política

Prefeita de Piranhas quer empréstimo de R$ 12 milhões às vésperas das eleições

Maioria dos vereadores está reticente em aprovar um projeto de lei envolvendo uma elevada soma de dinheiro às vésperas das eleições

Por Assessoria 12/06/2020 21h54
Prefeita de Piranhas quer empréstimo de R$ 12 milhões às vésperas das eleições
Reprodução - Foto: Assessoria
A seis meses de terminar gestão, a prefeita de Piranhas, Maristela Sena Dias (Progressitas), tenta tomar um empréstimo de R$ 12 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), com a finalidade de usar os recursos na infraestrutura do município ameaçando causar caos nas finanças com uma dívida impagável no futuro. Na mensagem enviada à Câmara Municipal de Vereadores, a gestora quer a aprovação do projeto de lei que a autoriza a buscar esse financiamento de valor exorbitante sob a necessidade de investir no incentivo ao turismo. Embora o Governo Federal disponibilize linhas de crédito via o Prodetur + Turismo, do Ministério do Turismo, parece ser bastante estranho a administração municipal ir atrás de verba para promover o crescimento regional do turismo, quando, ao longo de mais de três anos, o setor turístico – bares, restaurantes, pousadas e hotéis – nunca fora assistido pelo poder público local. Prova maior é o abandono da parte histórica da cidade de Piranhas. O ancoradouro – área de embarque e desembarque – inexiste e não oferece mais segurança aos moradores e turistas. O legado cultural e histórico de toda a área está desprezado. Desconfiando das reais pretensões da prefeita Maristela Sena Dias, a maioria dos vereadores está reticente em aprovar um projeto de lei envolvendo uma elevada soma de dinheiro às vésperas das eleições. As famílias piranhenses sabem da relevância de recursos para a ampliação e a melhoria da infraestrutura. Porém, é muito esquisito neste tempo onde todos estão preocupados com a pandemia do Covid 19 e defendem mais recursos para a área da saúde. A população do município de Piranhas está vigilante e prepara-se para acompanhar as sessões no Poder Legislativo para que esse “trem da alegria” não seja aprovado. Os moradores desconfiam do uso desses recursos que vão deixar danos ao tesouro do município, com elevada dívida perante à União. Segundo o agricultor José dos Santos, que reside no bairro de Xingó, a prefeita precisa primeiro organizar as contas do município e cumprir com as promessas. A cidade está abandonada e a população está cada vez mais desamparada sem opção de trabalho e renda. “Se ela pegar esse dinheiro, ela vai deixar um rombo nas contas do município que vai sobrar para o próximo prefeito, porque ganhar, ela não ganha mais, com essa péssima administração”.