Política

Funcionários do Lifal já foram desligados do serviço público

Laboratório é um dos extintos via projeto de lei enviado pelo governo estadual

Por Jairo Silva com Tribuna Independente 20/12/2019 08h31
Funcionários do Lifal  já foram desligados do serviço público
Reprodução - Foto: Assessoria
Os 72 servidores do extinto Laboratório Industrial Farmacêutico de Alagoas, Lifal, já estão desligados da folha de pagamentos do Governo de Alagoas. Segundo informações obtidas junto ao Sindicato dos Petroleiros de Alagoas e Sergipe (Sindipetro/AL-SE), que acompanha desde o início as negociações com o governo do estado de Alagoas, a maioria dos servidores já está desligada do serviço público. Para o assessor de comunicação do Sindipetro, Pedro Barboza, “a crise que levou ao fechamento e extinção do Lifal vem desde o governo Ronaldo Lessa (PSB/PDT), com denúncias de corrupção dos gestores à época. No governo Teotônio Vilela (PSDB) teve vários aportes financeiros e esses aportes serviram para pagar folhas em atraso e não se investiu no parque industrial do laboratório. Na verdade, faltou vontade política para investir no laboratório oficial do estado”, aponta Pedro. De acordo com Paulo Bob, assessor político/sindical do Sindipetro AL/SE, “o Lifal está fechado desde 2016. Na época todos os trabalhadores foram demitidos. 10 deles não eram aposentados e nós entramos com uma ação de reintegração, para que os trabalhadores fossem redistribuídos em outros órgãos do Estado, mas não conseguimos obter êxito. Estamos com ações individuais para que os trabalhadores demitidos possam receber suas indenizações”. Quanto a mobilizações para reverter o fechamento ou a absorção dos funcionários, o assessor informa que “quando foi anunciado o fim das atividades do Lifal [2016] fizemos manifestações e protestos. Hoje estamos acompanhando o desenrolar dos processos trabalhistas dos servidores e dando suporte jurídico.” Ainda segundo o dirigente, “um dos prejuízos do fechamento do Lifal é a paralisação da fabricação de um medicamento importante, utilizado no transplante de rins, que é o Tracolimo. Hoje o governo terá que comprar de laboratórios privados fora do estado e pagar mais caro por este medicamento”, enfatiza Paulo Bob. Segundo a nota da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag), “os cargos em questão serão extintos e as atribuições relativas a eles serão administradas com as estruturas já existentes da Seplag e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra)”. Segundo assessoria de comunicação da Seplag, “os funcionários foram desligados e já receberam as indenizações”.