Política

Com obras atrasadas, servidores decidem por greve

Salários estão congelados, defasados e sem reajuste desde o ano de 2014 em Arapiraca

Por Texto: Davi Salsa / Sucursal Arapiraca com Tribuna Independente 27/07/2019 10h55
Com obras atrasadas, servidores decidem por greve
Reprodução - Foto: Assessoria
Depois de fazer 12 mudanças no secretariado e lançar, na última semana, um novo programa que propõe a participação dos moradores na escolha de obras e na solução de problemas, a gestão do prefeito Rogério Teófilo (PSDB) vai enfrentar uma nova greve em Arapiraca. Em assembleia ocorrida na sexta, na sede da Federação das Associações Comunitárias de Arapiraca (Facomar), os funcionários públicos municipais decidiram paralisar as atividades, a partir da próxima semana. De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde, Administração e Serviços (Sindsar), Joseane Lima, os salários estão congelados, defasados e sem reajuste desde o ano de 2014. “Além disso, os servidores estão descontentes com muitos retrocessos que estão  acontecendo em nosso município”, desabafa Joseane Lima, frisando que a decisão foi deliberada após longas discussões e com uma extensa pauta de reivindicações. À Tribuna, a sindicalista confirmou o descontentamento dos agentes de saúde. A categoria participou, entre abril e maio deste ano, da campanha de vacinação contra a gripe Influenza no município. “Os servidores estão sem receber o dinheiro faz quase três meses”, afirmou Joseane Lima. Lentidão Pela terceira vez um dois anos, a obra de construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi paralisada esta semana, em Arapiraca. Projetada para atender a população da segunda maior cidade de Alagoas e, com isso, desafogar o Hospital Regional de Arapiraca, a obra foi iniciada em junho de 2017, com prazo de conclusão para julho do ano passado. Orçada em R$ 3, 2 milhões, por meio de convênio entre a Prefeitura de Arapiraca e o Ministério da Saúde, a construção da UPA, no bairro Baixa Grande, está com 60% dos serviços concluídos e cercada de mato e lixo. A obra de reforma e ampliação do Estádio Municipal Coaracy da Mata Fonseca foi iniciada em janeiro deste ano e tem prazo de conclusão para janeiro de 2020. A tão sonhada modernização do estádio, orçada em R$ 3,5 milhões, sendo a maior parte obtida por meio de emendas do deputado federal Marx Beltrão (PSD), também segue em ritmo lento. A construção do Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), na Vila Bananeiras, é outra obra que já deveria ter sido finalizada pela gestão municipal.  A ordem de serviços, no valor de R$ 3,1 milhão, com recursos oriundos do Ministério do Esporte, ocorreu em junho de 2017 e previsão de ser concluída em junho do ano passado. Contudo, a obra está apenas com 30% dos trabalhos realizados.

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