Política

Bancada federal alagoana custou R$ 1,5 milhão

Deputados que mais utilizaram as cotas foram Marx Beltrão e Nivaldo Albuquerque

Por Editoria de Política com Tribuna Independente 27/07/2019 10h50
Bancada federal alagoana custou R$ 1,5 milhão
Reprodução - Foto: Assessoria
Além do salário bruto de R$ 33.763 e da verba de gabinete de R$ 111.675,59 para pagar funcionários do mandato parlamentar, os deputados federais de Alagoas têm direito a uma cota mensal de até R$ 40.944,10 para cobrir despesas em função da atividade de parlamentar. O levantamento foi realizado pela Tribuna, com base nas informações disponibilizadas pela própria Câmara dos Deputados, em seu Portal da Transparência. Nesse primeiro semestre, os nove deputados federais de Alagoas gastaram R$ 1.503.041,88 entre janeiro e o começo de julho com a chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap). Entre os maiores gastadores aparecem o líder da bancada alagoana, Marx Beltrão (PSD) que registrou uma despesa de quase R$ 250 mil e Nivaldo Albuquerque (PTB), um pouco mais de R$ 210 mil. Já os novatos na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões Júnior (MDB) e Sérgio Toledo (PL) foram os que menos utilizaram a cota no período, R$ 91.576, 77 e R$ 88.250,45 respectivamente. Logo após Marx Beltrão e Nivaldo Albuquerque, aparem os demais deputados, JHC (PSB), que registrou R$ 192.352,47; Severino Pessoa (PRB) com R$ 192.247,06; Tereza Nelma (PSDB) utilizou R$ 170.384,71; Paulão (PT) R$ 154.288,76; Arthur Lira (PP) R$153. 618, 47. Entre as despesas pagas pela cota parlamentar estão manutenção de escritório, aluguel de veículos, bilhetes aéreos, telefonia, alimentação, serviços postais, divulgação de atividade parlamentar e combustíveis. Os valores, contudo, ainda podem mudar, porque os parlamentares têm até 90 dias para registrar os gastos na Casa. Como mostra o Portal da Transparência, os parlamentares alagoanos usaram mais a cota para utilização de bilhetes aéreos, divulgação de atividade parlamentar e consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos. Os deputados costumam pagar empresas de advocacia ou de pesquisas para auxiliar no exercício do mandato, especialmente para redação ou ajustes de projetos de lei. Severino Pessoa, por exemplo, foi o deputado alagoano que mais investiu em consultoria, pesquisas e trabalhos técnicos. Em maio ele gastou mais de R$ 57 mil em consultoria, sendo R$ 50 mil para a realização de pesquisa do Ibrape nos municípios de Anadia, Craíbas, Arapiraca, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Jaramataia, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia e Monteirópolis para detectar os principais problemas e demandas para apresentação de emenda parlamentar. Deputados gastaram R$ 4 milhões com funcionários Além do dinheiro da cota parlamentar, os deputados federais têm uma verba de gabinete destinada à contratação de pessoal. A bancada de Alagoas gastou mais de R$ 4 milhões (R$ 4.890.441,25) com funcionários, do início do ano até agora. Cada deputado federal tem R$ 111.675,59 por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham para o mandato em Brasília ou no respectivo estado. Eles são contratados diretamente pelos políticos, com salários de R$ 1.025,12 a R$ 15.698,32. Encargos trabalhistas, como décimo terceiro, férias e auxílio-alimentação, não são cobertos pela verba de gabinete - são pagos com outros recursos da Câmara dos Deputados. Os deputados que mais gastaram com verba de gabinete foram Nivaldo Albuquerque, em torno de R$ 557.794,31e Arthur Lira, com R$557.358,59.  No entanto, os valores dos demais deputados não ficam muito atrás. O líder da bancada, Marx Beltrão gastou R$ 555.128,13 em verba de gabinete; e Isnaldo Bulhões, R$ 553.967,61. Em sequência aparecem JHC, com gastos de R$ 552.122,73; Paulão, com R$ 540.684,52; Tereza Nelma gastou R$ 538.973,64; Severino Pessoa, R$ 522.530,08; e por último Sérgio Toledo, com gastos de R$ 511.881,64.