A partir da próxima segunda-feira (7), a Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti) terá um novo gestor. O ex-deputado federal, Régis Cavalcante (PPS), assume o lugar de Pablo Vianna, que deve exercer outra função dentro do governo estadual.

Desde que o filho do deputado estadual Antonio Albuquerque (PTB), Arthur Albuquerque (PMDB) assumiu a Secretaria do Trabalho em fevereiro, o Governo do Estado não havia feito mudanças de cunho político em seu secretariado. 

A chegada do PPS, ou melhor dizendo do presidente do partido em Alagoas, Régis Cavalcante é uma estratégia política ppara fortalecimento da base aliada com vistas à eleição do próximo ano.

Em entrevista à Tribuna Independente, Cavalcante, que apoiou a reeleição do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB) e apontado pelos bastidores políticos como possível adversário de Renan Filho na disputa pelo governo no ano que vem, explicou a nova aliança.

Segundo ele, a articulação foi tranquila, pois o partido não estava na gestão do tucano e que só apoiou a reeleição de Rui Palmeira para que o deputado federal Cícero Almeida (PMDB) – candidato que disputou a prefeitura com Rui no ano passado –,  não voltasse a administrar Maceió.

“Apoiamos o Rui porque não queríamos a volta do Cícero Almeida para Prefeitura de Maceió. E agora chegamos para base porque o PPS estava livre. O PPS não estava em nenhuma aliança política em Alagoas. Nem participávamos, mesmo apoiando o Rui, da prefeitura. Apoiamos o Rui pontualmente para a reeleição”, disse Régis.

Cavalcante deixou a entender que toda a tratativa do acordo para que o PPS viesse a fazer parte da base aliada do governador Renan Filho foi feita pelo senador Renan Calheiros (PMDB), que também disputa a reeleição no ano que vem para o Senado Federal.

Para justificar a aliança, o líder do PPS em Alagoas ainda lembrou que em 2000, o senador Renan Calheiros (PMDB) o apoiou quando candidato ao Executivo maceioense.

Presidente do PPS em Alagoas foi secretário de Vilela

Régis Cavalcante iniciou a sua carreira em 1979, quando se filiou ao Partido Democrático Brasileiro (PMDB).  Formado em Direito e Comunicação Social na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Régis também é professor universitário e jornalista.

No PPS desde 1992, Régis já foi secretário municipal de Apoio à Criança e ao Adolescente da prefeitura de Maceió, na gestão de Ronaldo Lessa.

Três anos depois se elegeu vereador da Capital.

Em 1998 disputou uma vaga de deputado federal por Alagoas onde foi eleito.

Tentando a reeleição em 2002, Régis acabou derrotado, vindo a assumir um ano depois  a secretaria de Educação de Maceió na gestão da então prefeita Kátia Born (PSB).

Já foi secretário de Trabalho e Renda do Estado em 2007, no governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB). Como também passou pela pasta da Pesca na gestão do tucano.

Régis chega a base do governador Renan Filho (PMDB) após ter apoiado a reeleição de Rui Palmeira para prefeito de Maceió. Na ocasião, ele sairia como candidato a prefeito da Capital, mas desistiu por falta de recurso.

BASE ALIADA

Com a chegada do PPS, Renan Filho terá em sua base aliada, os partidos PSD, PCdoB, PTB, PHS e PTdoB. “Vamos participar desse projeto político agora e com Renan Filho indo para a reeleição, nós o apoiaremos”, destacou Régis.

A composição não para por aí. Renan Filho vem trabalhando nos bastidores para ter em sua base, outros dois partidos. São eles: o PT e o PDT, partidos dos deputados federais Paulão e Ronaldo Lessa, respectivamente. Ambas as legendas já chefiaram pastas no governo.