Prefeitura de Maceió e servidores municipais sentam na manhã de hoje à mesa para negociar o reajuste salarial deste ano. O encontro ocorre às 10h e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maceió e da Região Metropolitana de Alagoas (Sindspref), em ofício protocolado no último dia 12, quer 16,09% de aumento. O reajuste de 2016 foi de 4,5%, portanto, abaixo da inflação do ano anterior.

O disparate entre os percentuais não significa que há choque nas negociações entre sindicato e prefeitura. Para o presidente do Sindspref, Sidney Lopes, “o momento do país não permite intransigência, mas é justo que os servidores recebam o que pedimos. Até porque o reajuste anterior foi menor que a inflação e tudo tem aumentado, inclusive os contratos da prefeitura”.

A contraproposta aos 16,09% deve ser apresentada hoje e a partir daí começam as negociações entre Sindspref e Prefeitura de Maceió.

“Nossa data-base é janeiro, mas eles pediram para esperar até agora para que pudessem organizar os dados de arrecadação do quadrimestre”, explica Sidney Lopes.

A Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) disse que não haver, por enquanto, contraproposta ao percentual pedido pelo sindicato. “Somente após a reunião de amanhã [hoje] é que a prefeitura vai formular alguma”.

Em entrevista na manhã de ontem (24), o prefeito Rui Palmeira (PSDB) comentou sobre as negociações com os servidores municipais e a reunião de hoje.

“Iremos mostrar aos servidores qual é a realidade do município e a partir daí vamos ver se dá ou não fazer qualquer tipo de reajuste”, diz Rui Palmeira.

GOVERNO

O reajuste dos servidores estaduais, ao que tudo indica, terá desfecho posterior ao de Maceió, pois o Governo do Estado tem esticado as negociações o máximo que pode.

O governador Renan Filho (PMDB) tem enfatizado que vem pagando a folha em dia, mesmo diante da situação econômica do país. Em 2016 não teve reajuste, porém este ano é pré-eleitoral.

A reportagem da Tribuna Independente tentou contatar a Secretaria de Estado da Comunicação para saber se já há proposta formulada para os servidores, mas ninguém atendeu aos telefonemas.