Política
Trabalhadores alagoanos exigem mudanças em reformas
Greve Geral milhares de pessoas no centro de Maceió na sexta
Com a maioria das bandeiras expostas com os dizeres “fora Temer”, “sem nenhum direito a menos” e “reformas não passarão”, milhares de alagoanos saíram às ruas nesse 28 de abril para protestar contra as reformas Trabalhista, da Previdência e Terceirização, impostas pelo presidente Michel Temer (PMDB) e que já estão tramitando no Congresso Nacional.
A estimativa da Polícia Militar era de mais de 10 mil pessoas presentes no ato, já os organizadores disseram ter mais de 30 mil manifestantes que contou com estudantes, diversas classes trabalhadoras e a sociedade civil em geral.
A mobilização ganhou força no início da tarde desta sexta-feira com o ato concentrado na Praça do Centenário, no bairro do Farol até descer para a Praça dos Martírios, no Centro.Líderes de diversas classes trabalhadoras falaram sobre a expectativa e o impacto que a “Greve Geral” deve causar em Brasília.Para o dirigente da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT), Cícero Lourenço da Silva a greve deve influenciar no recuo dos parlamentares em Brasília.
“O que esperamos é que isso sirva para os parlamentares alagoanos traidores que votaram a favor da reforma Trabalhista e daqueles que querem votar na reforma da Previdência é que isso aqui sirva como exemplo da união da classe trabalhadora em busca dos seus direitos. Nós esperamos que toda essa manifestação ecoe no Congresso trabalhadora estará voltando ao tempo da escravidão e tendo todos os seus direitos retirados”.
Ela ressaltou também a participação da igreja católica no ato. “Para nós do Sindprev a importância de que essas reformas não passem no Congresso é por enxergarmos que elas são violentas contra a classe trabalhadora. Elas retiram direitos dos quais a gente luta há anos. Elas retroagem ao século 19 onde a escravidão de uma forma institucionalizada vai ser praticada contra os trabalhadores. Acredito que com a participação sobre tudo dos setores mais conservadores principalmente a igreja, que hoje vem orientando a participação dos fiéis, reforça e mostra que nós não estamos aqui para lutar contra ou a favor de partidos, mas sim pelo Brasil”.Nacional e faça com que a voz do trabalhador seja ouvida e que é com atos como esse que vamos barrar essas reformas”, destacou o dirigente da Central Única dos Trabalhadores, durante entrevista à reportagem da Tribuna Independente.
Expectativa é pressionar o Congresso Nacional
A mobilização seguiu com os trabalhadores e estudantes bradando contra as reformas apresentadas pelo governo federal. O coordenador geral do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Alagoas (Sindjus), Paulo Falcão chegou a fazer uma releitura histórica sobre os atos.
“Nós entendemos que essa greve geral do país que não existia há mais de 100 anos venha a criar uma grande reviravolta em Brasília. É um momento importantíssimo para demonstrarmos toda a nossa indignação e resistência a esses ataques aos diretos dos trabalhadores como a reforma da previdência, trabalhista e a terceirização que querem retomar com a escravidão. A unidade de todos os trabalhadores é de fundamental importância para nós batermos de frente contra todas essas reformas que estão no Congresso e derrubar esse governo corrupto”, argumentou.
Ainda durante o ato, foi confirmado que mais de 80% dos funcionários da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) pararam seus trabalhos.“Nós esperamos que os nossos deputados representem o povo e que lutem por nossos direitos e não deixem ir por água a baixo todas as nossas conquistas. Chega de reformas que venham a destruir os sonhos dos trabalhadores. Reforma é preciso é, mas com responsabilidade e tem que ser em prol da população, unicamente”, destacou Zilneide Lages, que preside o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Legislativo de Alagoas.
De acordo com o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sinval Costa, a greve geral deu um sinal de que a classe trabalhadora sairá vencedora e com isso as reformas não devem ser aprovadas.
“Nós da CTB temos uma perspectiva muito positiva dessa greve geral. Perspectiva de pressionar o Congresso Nacional contra essas reformas que vem para tirar os diretos dos trabalhadores, direitos esses que são legítimos. Estamos reivindicando o reconhecimento para que a soberania do povo tenha vez e voz nesse sentido. A manifestação de hoje deu um bom sinal de que podemos sair vencedores no Congresso com a derrota dessas reformas. Hoje será um grande reflexo em Brasília. Estamos aqui não contra o governo, mas sim contra sua política neoliberal”.
Já para a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde em Previdência Social em Alagoas (Sindprev/AL), Olga Chagas Costa, se as reformas passarem no Congresso a classe trabalhadora estará voltando ao tempo da escravidão e tendo todos os seus direitos retirados. Ela ressaltou também a participação da igreja católica no ato. “Para nós do Sindprev a importância de que essas reformas não passem no Congresso é por enxergarmos que elas são violentas contra a classe trabalhadora. Elas retiram direitos dos quais a gente luta há anos. Elas retroagem ao século 19 onde a escravidão de uma forma institucionalizada vai ser praticada contra os trabalhadores. Acredito que com a participação sobre tudo dos setores mais conservadores principalmente a igreja, que hoje vem orientando a participação dos fiéis, reforça e mostra que nós não estamos aqui para lutar contra ou a favor de partidos, mas sim pelo Brasil”.
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