Política
Mobilização fechou avenidas e rodovias em Alagoas na manhã desta sexta-feira
Trabalhadores realizaram protestos em Arapiraca e na sede do TRT-AL
Os trabalhadores prometeram e cumpriram o objetivo de protestar na manhã da última sexta-feira (28), quando deu início as mobilizações nacionais em repulsa às reformas da Previdência e Trabalhista. Ambas as propostas são defendidas pelo governo Michel Temer (PMDB), mas até o momento, somente a Trabalhista passou pelo crivo da Câmara dos Deputados.
Em busca de pressionar o Congresso Nacional a não aprovar ou mudar o texto dos projetos de forma que os trabalhadores não percam seus direitos adquiridos, diversas categorias orquestraram uma série de atos que culminaram com com a paralisação de transporte coletivo em Maceió, bloqueio de avenidas na capital e rodovias federais pelos movimentos Sem Terra (MST) e Via do Trabalho (MVT).
Em uma das avenidas mais movimentadas de Maceió, a Fernandes Lima, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (Sinteal) levantou bandeiras e bradou palavras de ordem contra os projetos que reformam os direitos trabalhistas.
O trânsito no local ficou complicado e não houve aulas no Centro de Estudos de Pesquisas Aplicadas (CEPA). Posteriormente, o tráfego fluiu.
Os servidores dos Instituto Federal de Alagoas (IFAL), atenderam ao chamado do seu sindicato, o Sintietfal, e paralisaram suas atividades em protesto ao governo federal. O Instituto não teve atividades durante a sexta-feira.
No período da tarde, segundo apurou a reportagem da Tribuna Independente, os rodoviários autorizaram a saída dos ônibus em Maceió e as rodovias federais foram desbloqueadas.
As rodovias bloqueadas foram BR 101, compreendendo os municípios de Novo Lino, Flexeiras, Murici e Teotônio Vilela; a BR 316, em Satuba; a BR 104, em União dos Palmares; e a BR 423, em Delmiro Gouveia. As informações foram concedidas à imprensa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
ARAPIRACA
Na segunda maior cidade de Alagoas, em Arapiraca, também houve mobilização contra as reformas defendidas pelo governo Temer.
A manifestação ocorreu na Praça Luiz Pereira Lima (antiga Praça da Prefeitura), e contou com o apoio de sindicatos de várias categorias, a exemplo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Alagoas (Sinteal/Agreste), Sindicato dos Servidores Públicos da Prefeitura de Arapiraca, Agentes de Saúde e Câmara de Vereadores, entre outros segmentos da sociedade local.
Com faixas, cartazes e bandeiras, os trabalhadores também recebem a solidariedade de estudantes secundaristas e universitários.
O ato público tem como foco principal as propostas de Reforma da Previdência Social e a Reforma Trabalhista, que já foi aprovada na Câmara Federal, em Brasília, e deve seguir em breve para avaliação no Senado.
“Não podemos permitir que direitos conquistados, ao longo de décadas, seja eliminado agora e prejudique ainda mais a classe trabalhadora”, desabafou a professora aposentada Maria da Conceição Oliveira em entrevista à Tribuna Independente. A manifestação pública foi realizada em clima de tranquilidade.
JUDICIÁRIO
Organizados em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho de Alagoas (TRT-AL), o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário (Sindjus) e a Frente Associativa da Magistratura e Ministério Público (Frentas), protestaram contra as propostas que ainda tramitam no Congresso Nacional. Com faixas e cartazes, os movimentos repudiavam a reforma da Previdência, denominada por eles como “PEC do Caixão” devido à idade para se aposentar projetada pelo governo Michel Temer.
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