Política
PGR avalia anular delação do ex-senador Delcídio Amaral
Hipótese vem ganhando força depois das revelações dos ex-executivos Benedicto Júnior e Rogério Santos de Araújo, da Odebrecht, sobre repasses para campanhas eleitorais em contrapartida à atuação de Delcídio em casos de interesse da empreiteira

A Procuradoria-Geral da República (PGR) avalia a possibilidade de romper o acordo de delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) homologado em 2016.A hipótese vem ganhando força depois das revelações dos ex-executivos Benedicto Júnior e Rogério Santos de Araújo, da Odebrecht, sobre repasses para campanhas eleitorais em contrapartida à atuação de Delcídio em casos de interesse da empreiteira.Em seu acordo, homologado pelo então ministro Teori Zavascki, Delcídio foi taxativo ao afirmar que não recebeu qualquer valor em propina atrelada à Refinaria de Pasadena (EUA) e que nunca participou de reuniões sobre a obra.No entanto, Rogério Araújo relatou aos investigadores que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque falou de uma reunião, em 2006, na qual a UTC Engenharia se comprometeu a pagar R$ 4 milhões a Delcídio, tendo como contrapartida a participação da empresa na obra de ampliação da refinaria nos EUA.Araújo também abordou em sua delação um pedido de Nestor Cerveró, em 2010, para pagamento de contribuição à campanha de Delcídio como contrapartida a "eventual aprovação de projeto de gasoduto" a ser realizado por uma empresa da Petrobrás na Argentina. Delcídio não cita esses fatos de forma direta, apenas aponta ter pedido ajuda a Duque e Cerveró para pagar dívidas de campanha de 2006.Benedicto Júnior, ex-presidente da construtora Norberto Odebrecht, também citou repasses a ele. Delcídio não citou esses recebimentos.Além do senador cassado, outras delações deverão ser reavaliadas pelo Ministério Público por causa das revelações da Odebrecht. O ex-gerente de Engenharia da Petrobrás Pedro Barusco é outro que está na mira por conta das revelações do ex-executivo da Odebrecht Rogério Araújo. Segundo o delator, Barusco teria solicitado que ele guardasse em sua casa 24 garrafas de vinho de primeira categoria logo após o início da Operação Lava Jato. A informação não foi levada ao conhecimento dos investigadores à época da assinatura do seu acordo.
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