O senador Renan Calheiros (PMDB) aproveitou a realização do Governo Presente, que aconteceu na última sexta-feira (7) e sábado (8) em oito municípios da Zona da Mata alagoana, para colocar em prática a sua cruzada contra a proposta de reforma da Previdência.

O projeto defendido pelo presidente Michel Temer (PMDB), está em tramitação na Câmara dos Deputados e segue suscitando embates polêmicos no meio político em decorrência do texto enviado aos parlamentares.

Em Murici, cidade natal de Renan Calheiros, bem como em Ibateguara, o senador discursou para a população e deixou claro que da forma como o projeto está no Congresso Nacional, não há condições de aprovação. A crítica do senador evidencia ainda mais o rompimento ou distanciamento de Renan e Michel Temer.

“Esse texto que está tramitação na Câmara dos Deputados não passa. Do jeito que está posto, ele não passa. É inaceitável que uma proposta como esta achaque o trabalhador brasileiro, principalmente ao trabalhador rural. Não se pode aprovar uma proposta que apenas visa proveitos a quem mora nas regiões mais abastadas como o Sudeste, por exemplo. A região Nordeste será uma das grandes penalizadas com essa Reforma da Previdência”, discursou o ex-presidente do Senado, seguido de aplausos de quem prestava a atenção em seus argumentos.

Para Renan Calheiros, é preciso reforçar no Congresso o quanto que o projeto reformista é nocivo ao País. “Vamos contestar cada ponto e evitar danos aos trabalhadores”, complementou.

O governador Renan Filho (PMDB) também apoiou as palavras do senador Renan Calheiros no tocante à reforma previdenciária, aproveitando a oportunidade para citar que Governo do Estado vem atuando diuturnamente para não causar prejuízos ao trabalhador, mantendo os salários em dia, assim como o pagamento dos compromissos junto a fornecedores.

REFORMA

Um dos pontos conflitantes da reforma da Previdência prevê, entre outras propostas, estabelecimento de idade mínima de 65 anos para os contribuintes, homens e mulheres, reivindicarem aposentadorias. Além de fixar uma idade mínima, trabalhadores do setor público e privado seriam os mais atingidos.