Política

Temer diz que autorizou relator a modificar a reforma da Previdência

Presidente ressaltou em entrevista à Rádio Bandeirantes que, mesmo com flexibilização do texto, deve ser mantida a proposta de idade mínima para aposentadoria de 65 anos.

Por G1 06/04/2017 11h04
Temer diz que autorizou relator a modificar a reforma da Previdência
Reprodução - Foto: Assessoria

O presidente Michel temer afirmou nesta quinta-feira (6), em entrevista à Rádio Bandeirantes, que autorizou o relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Artur Maia (PSB-BA), a fazer modificações no texto, desde que seja mantida a idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e mulheres.

Temer participou de uma reunião no Palácio do Planalto discutir a reforma. Estavam no encontro com Temer o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, io ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, e o relator da reforma na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA).

"A gente governa conversando. Eu tenho conversado com vários parlamentares, eles têm feito várias ponderações – principalmente sobre a aposentadoria dos trabalhadores rurais e dos deficientes. Hoje de manhã eu autorizei o relator a fazer as adequações necessárias ao projeto, desde que se mantenha idade mínima", afirmou o presidente.

Na última segunda (3), após uma reunião com Padilha e Caetano, Maia saiu do Planalto dizendo que entregaria o relatório final da PEC da reforma já na quarta-feira da semana que vem. Ele disse que pontos como a idade mínima de 65 anos para se aposentar, prevista no texto original do governo, não seriam alterados.

A reforma da Previdência vem sendo alvo de críticas na Congresso, inclusive de aliados do governo. A avaliação é de que se fosse votada hoje no plenário da Câmara, onde tramita antes de ser enviada para o Senado, dificilmente seria aprovada. Para passar, a medida precisa de 308 votos de deputados a favor.

Temer também afirmou que não se sente “abandonado” pelos deputados, mesmo com a resistência entre eles em aderir à reforma proposta pelo governo. “Nós já propusemos coisas dificílimas no Congresso e teve aprovação. Em todas as medidas que estamos propondo, temos tido o apoio fechado no Congresso”, declarou o presidente.