Política

Força Sindical em Alagoas quer saída do deputato federal Paulinho

Presidente nacional do SDD é um dos dissidentes, segundo Gimas da Força

Por Tribuna Independente 25/03/2017 08h36
Força Sindical em Alagoas quer saída do deputato federal Paulinho
Reprodução - Foto: Assessoria

O polêmico projeto aprovado pelos deputados federais na última quarta-feira (22) que regulamenta a terceirização de mão de obra acabou expondo um possível “racha” no movimento sindical. Isso por conta das posições divergentes sobre o projeto dentro de uma das maiores entidades do gênero, a Força Sindical.

O imbróglio aconteceria sob a influência de seu presidente licenciado, deputado Paulo Pereira da Silva (SDD), o Paulinho da Força, que apesar de ter votado contra o projeto de terceirização, anteriormente teria tentado mostrar pontos positivos da regulamentação.

A informação é de que o parlamentar que preside nacionalmente o partido teria apresentado uma emenda que permitiria trabalhadores de empresas especializadas ficassem na mesma categoria da principal, proposta rejeitada pelo autor do projeto, o deputado sergipano, Laércio Oliveira, que também é do Solidariedade e é o 3º vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A revolta das Centrais Sindicais, de acordo com o presidente da Força Sindical, em Alagoas, Albegemar Cassimiro da Costa, o Gimas da Força é ver um deputado do partido ser o relator de um projeto que para ele acaba com os trabalhadores brasileiros.

“Quem tirou esse projeto da gaveta foi um deputado que é da Solidariedade e o Paulinho quando fundou o partido foi para defender os trabalhadores e não pra prejudicar, mas hoje ele está a favor dos empresários”, declarou Gimas.

REPRESENTANTE

Gimas ressaltou também que maioria das Centrais Sindicais não está de acordo com alguns posicionamentos do presidente da Força Sindical Nacional e existe a necessidade de mudança.

“As Centrais do Nordeste não estão de acordo com o Paulinho. A Força tem a sua sede em Brasília e eles decidem por lá, não comunica as centrais dos demais estados e isso nos deixa revoltados. O 8º congresso da nacional vai ser em junho e ainda não sabemos se vai ter racha entre as entidades. Se houver no congresso uma decisão da maioria de tirar os dissidentes que são contra os trabalhadores, nós vamos tirar os dissidentes”, informou.

A reportagem questionou se um dos dissidentes seria o Paulinho da Força. Gimas, por sua vez, garantiu que sim e que é preciso que o Nordeste tenha um representante que se preocupe com as causas regionais.