Política
PF desbarata esquema de desvio de dinheiro por funcionários ‘fantasmas’
Pagamento era desviado para comissionados a mando de ex-presidente da Câmara
A Polícia Federal em Alagoas desencadeou nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 23, uma operação denominada “BUIÚ”, com o apoio do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (GECOC) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), que teve como objetivo cumprir 13 mandados de busca e apreensão na Câmara Municipal de São Miguel dos Campos, litoral sul de Alagoas. O principal alvo foi o ex-presidente da Câmara, mais nove funcionários ‘fantasmas’ e a esposa dele.
O esquema, segundo as investigações, ocorria entre 2014 a 2016.
A apuração foi iniciada há três meses em razão de dados levantados pela Delegacia de Combate à Corrupção desta Superintendência Regional, os quais apontavam a existência de grupo criminoso envolvido em desvio de recursos públicos no município alagoano.
Com o aprofundamento das investigações, houve constatação de que o ex-presidente da Câmara e ex-vereador por São Miguel dos Campos, além de sua esposa teriam utilizado terceiros, funcionários “fantasmas”, para desviar verbas da folha de pagamento da Câmara Municipal de São Miguel, tendo resultado, em princípio, no prejuízo de mais de R$ 500 mil aos cofres públicos.
As pessoas utilizadas seriam funcionários daquela Câmara e ou ligadas a empresas de familiares do casal investigado.
De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Bernardo Gonçalves, um funcionário ficava com todos os cartões das nove pessoas identificadas no esquema, e este se encarregava de depositar todo o dinheiro nas contas do ex-presidente da Câmara e de sua esposa. “Estamos investigando se havia algo em troca recebido pelos funcionários fantasmas. Há o envolvimento, inclusive de uma beneficiária do Bolsa Família como comissionada da Câmara que tinha o cartão da conta-salário, mas o dinheiro era desviada para o ex-presidente e a esposa”, revelou.
Os 13 mandados de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital foram cumpridos em endereços residenciais e em endereços comerciais em São Miguel e União dos Palmares. Além de 11 mandados de condução coercitiva, dos quais, foram ouvidos na sede da PF, em Maceió. Os investigados, por conseguinte, responderão pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Cada funcionário ‘fantasma’ recebia em média R$ 6 mil.
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