Política

Em protesto contra reforma, categorias realizam caminhada no Centro de Maceió

Manifestantes ressaltam que deputados e senadores alagoanos precisam votar contra

15/03/2017 12h15
Em protesto contra reforma, categorias realizam caminhada no Centro de Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria

Na manhã desta quarta-feira (15), diversas categorias realizaram concentração na Praça dos Martírios e seguiram em caminhada pelas ruas do Centro de Maceió em direção até a Assembleia Legislativa Estadual. O objetivo do Dia Nacional de Lutas é protestar principalmente contra a reforma da previdência, além de outras medidas do governo federal que atacam diretamente os direitos do trabalhador, como a reforma trabalhista. A praça ficou completamente tomada por setores da Educação, Seguridade Social, Trabalho, Correios, Rodoviários, entre outros.

Segundo o representante da Unidade Popular, o professor Magno Francisco, a pauta central é a reforma da previdência. “A reforma da previdência tira o direito da classe trabalhadora que é a aposentadoria. Essa reforma faz parte do pacote de medidas neoliberais do governo golpista que também já teve uma PEC que economiza os investimentos nas áreas sociais, além de outras ações como as privatizações de empresas estatais, interesses de banqueiros e grandes empresários, que é o que esse governo representa”, relatou à reportagem do Tribuna Hoje.

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Girlene Lázaro, destacou a greve nacional da Educação. A paralisação foi aprovada em assembleia no dia 15 de janeiro e acontece em escolas estaduais, municipais e no distrito federal.

“Hoje estamos participando do Dia Nacional de Lutas que envolve todas as categorias contra a reforma da previdência e também as reformas trabalhistas”, disse Girlene.

Cícero Lourenço, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridades Social e Trabalho no Estado de Alagoas (Sindprev-AL) e da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT-AL), falou que a seguridade social não precisa de reforma, a não ser que seja para a melhoria da qualidade de vida e aposentadoria dos trabalhadores.

(Foto: Sandro Lima)

Praça dos Martírios foi tomada durante concentração

“A previdência é superavitária só que falta postura do governo para fazer as cobranças necessárias das empresas que devem ao INSS, o que o governo não faz. Vai acabar sobrando para a classe trabalhadora perder os seus direitos.”, pontuou o dirigente sindical da CUT-AL.

“Nessa manifestação, queremos chamar a responsabilidade da votação da PEC para os deputados e senadores estaduais. Vamos para as ruas chamar de traidor aquele que votar a favor da reforma”, frisou Cícero Lourenço.

O presidente do sindicato dos Bancários, Jairo França, afirmou que o tempo de contribuição necessário para a aposentadoria atualmente já é complicado e que a reforma da previdência vai dificultar ainda mais. “Com relação aos bancários, já tem gente que adoece por conta do tempo de trabalho, imagine agora com a reforma da previdência”.

Para ele, os trabalhadores do campo terão ainda mais problemas já que não têm como comprovar o tempo de trabalho. Uma luta importante que ele destacou é que seja reconhecida a terceira jornada de trabalho da mulher.

“Se as pessoas não se aposentarem, como vai surgir novas vagas de trabalho? Vai ser o caos para a classe trabalhadora. Antes mesmo de anunciar a reforma, os bancos estavam oferendo previdência privada, vai ser a privatização da previdência”, destacou Jairo França.

O bancário disse também que o governo teme por uma auditoria na previdência e que a previdência é superavitária. Assim como o dirigente do Sindprev-AL, Jairo falou que as empresas que devem ao INSS precisam ser cobradas.

Manifestação sai em caminhada pelo Centro da capital alagoana (Foto: Cida Batista / Cortesia)