Política

Almeida informa que concorre a cargo de deputado estadual em 2018

Deputado federal do PMDB divulgou que cumprirá seu mandato até o fim

31/10/2016 15h03
Almeida informa que concorre a cargo de deputado estadual em 2018
Reprodução - Foto: Assessoria

Na manhã desta segunda-feira (31), o deputado federal Cícero Almeida (PMDB) declarou durante entrevista coletiva em seu gabinete em Maceió que vai concorrer ao cargo de deputado estadual nas eleições de 2018. Ele ainda relatou que segue seu mandato até o final, mas que vontade é de estar mais perto do povo. Além da ambição ao cargo estadual, o candidato que perdeu no domingo a disputa pela prefeitura de Maceió para Rui Palmeira (PSDB) agradeceu pela votação de 159.542 que ele teve no segundo turno.

Indagado sobre se a derrota seria dele ou do governador Renan Filho que o apoiou, Cícero disse não se considerar um derrotado. “Eu ainda continuo como campeão de votos. A maior votação da história de Alagoas pra prefeitura foi minha, 320 mil votos em 2008. E a votação que eu tive, eu tenho que respeitar, tenho que valorizar, eu tenho que me motivar a cada dia porque foram 160 mil eleitores que deram uma tremenda declaração de amor a Maceió”, pontuou.

O deputado agradeceu o apoio recebido pelo PMDB, em especial do senador Renan Calheiros e do governador Renan Filho. Cícero Almeida disse que ambos são os seus candidatos à reeleição para 2018. “Não quero chorar o leite derramado, quero fazer um agradecimento especial ao senador Renan Calheiros, ao governador Renan Filho, a toda nossa equipe que trabalhou com a gente. Eu sou um cara que tem gratidão e não vou discutir o que aconteceu nos bastidores”, destacou.

Apesar de ter perdido a eleição, Almeida afirmou que está pronto para seguir ajudando Maceió enquanto deputado. Ele também desejou boa sorte a Rui Palmeira e disse esperar que o prefeito realize um mandato vitorioso, inclusive realizando projetos que eram de sua plataforma de campanha, como campos society, postos de saúde, maternidade e investimentos em habitação.

“Ele não foi bem no primeiro mandato, ele é sabedor disso. Se ele tivesse sido, ele teria ganho essa eleição no primeiro turno. Ele teve dificuldades pra ganhar, ele tem tudo pra se recuperar. Nós não somos donos de Maceió, nós somos empregados do povo”, declarou o deputado federal.

Cícero frisou que sua briga foi contra a máquina do município e que Rui não teve facilidades para ser reeleito. “O prefeito gastou R$ 21 milhões de publicidade e o alvo dele não foi tentar divulgar Maceió, foi tentar me atingir. Não perdemos porque não compramos o voto de ninguém. Nós não usamos a máquina do município, nós não pressionamos os nossos colegas de trabalho. Eu vim para o bom combate com o prefeito, que teve adversário dessa vez. Ele não ganhou no tapetão, ele não ganhou por WO, teve dificuldades pra ganhar a eleição”, afirmou Almeida.

O deputado também falou sobre investimentos conseguidos por ele com outros deputados da bancada federal. Para Cícero, a bancada que apoiou Rui Palmeira não trouxe valor algum para Maceió nos quase dois anos de mandato.

“A base política dele não colocou um centavo pra Maceió. Aqueles que estavam lá ontem comemorando com ele, que estiveram nos bastidores não colocaram. Quem colocou fui eu. R$ 100 milhões colocados por mim, pelo JHC, pela Rosinha e pelo Marx Beltrão estão mantidos pra Maceió, pra infraestrutura turística e vou buscar mais. Volto pra Brasília na próxima semana, essa semana não tem atividades. Vou continuar buscando nos ministérios”, ressaltou o pmdbista.

Cícero não quis entrar em detalhes sobre a possibilidade de Rui Palmeira concorrer ao governo do Estado em 2018. Para ele, o senador e o governador não devem ‘guardar mágoas’ de Rui para continuar trabalhando em prol de Maceió. “Eu não vi com bons olhos a briga dele com dois amigos que protegeram ele, que deram apoio a ele. Se ele tiver de ir pra disputa, aí vai ser ele, o governador e o senador. Serei candidato a deputado estadual em 2018, vou cumprir meu mandato, quero ficar aqui perto do meu povo”, revelou.

Ele também comentou a grande quantidade de abstenções, votos nulos e brancos, que totalizaram 178.415 eleitores, sendo um valor representativo de 30,78%. Cícero acredita que o eleitor está cada vez mais consciente. “Isso aconteceu no Brasil inteiro, não só em Alagoas. Mas aqui em Maceió foi um grande recado para muita gente. Não vou concordar, acho que estava em jogo o destino da nossa capital. O voto era importante, era importante que nós decidíssemos, mas se a população visualizou e entendeu que deveria definir dessa forma, cabe-nos acatar, aceitar e respeitar“, comentou.

Sobre a questão da ‘Máfia do lixo’ e o julgamento da ‘Operação Taturana’, marcado para a próxima quinta-feira (3), ele disse estar com a consciência tranquila. “São situações, uma delas está prescrita, cabe à Justiça acatar e aceitar a prescrição, e a outra tem apenas lá uma assinatura de Cícero Almeida que nada mais fez do que cumprir uma missão de fazer com que a nossa cidade tivesse um prefeito de verdade e isso aconteceu em 2005. Então não trato desse assunto mais, eu quero tocar minha vida pra frente, confio na Justiça, confio nos homens de bem que têm dentro da Justiça. E confio principalmente na minha consciência e na minha equipe de trabalho”, encerrou.