Cidades

Do preto e branco ao colorido: acervo imagético da Ufal está disponível on-line

Site guarda memória da Universidade e disponibiliza fotos das coberturas dos principais acontecimentos da instituição

Por Manuella Soares / Ascom Ufal 07/10/2025 01h27
Do preto e branco ao colorido: acervo imagético da Ufal está disponível on-line
São quase 17 mil imagens digitalizadas, que remetem a mais de seis décadas de história - Foto: Ascom Ufal

A história da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) pode ser contata de muitas formas. Agora, ela pode ser vista e lembrada por uma nova lente: a de suas fotografias. Com um esforço conjunto e inovador, o Acervo Imagético Manoel Mota, resultado de parceria entre a Assessoria de Comunicação (Ascom), o Laboratório de Gestão Eletrônica de Documentos (Laged) e o Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI), está acessível a todos por meio de um site especialmente criado para preservar e divulgar a memória visual da Universidade.

São quase 17 mil imagens digitalizadas, que remetem a mais de seis décadas de história, agora ao alcance de qualquer pessoa que queira conhecer as raízes, os momentos marcantes e a evolução da Ufal. “Além de salvaguardar a memória da nossa instituição, o trabalho desenvolvido vai proporcionar que ela seja vivenciada e conhecida por muitas gerações futuras”, comemorou a coordenadora da Ascom, Simoneide Araújo.

O nome do acervo presta tributo ao servidor Manoel Mota, que durante seus 33 anos dedicados à Universidade registrou momentos históricos que agora ganham uma nova vida digital. Mota faleceu em abril deste ano, aos 78 anos, mas sua obra e dedicação permanecem preservadas. Além dos registros de Mota, o site também tem fotos de Laércio Amorim, Arlindo Tavares, e do fotógrafo Renner Boldrino, que desde 2017 está na Ascom, eternizando a Ufal com seu olhar cuidadoso. O site será alimentado periodicamente para servir de banco de imagens dos eventos e atividades da Universidade.

“Uma das perspectivas é a integração com a sociedade, deixando acesso para pesquisa e uso por jornalistas e veículos de comunicação. Todas as nossas fotos atuais e de cobertura de eventos também estarão nesse site. Então, é só buscar e baixar as imagens em boas resoluções. Essa é mais uma prestação de serviço que a Assessoria de Comunicação oferece”, acrescentou Simoneide.

A ideia em prática

Depois do trabalho do Laged, coordenado pela professora Rosaline Mota, que assumiu o compromisso de digitalizar e tratar o acervo, que foi cuidadosamente classificado, catalogado, indexado e, depois, recondicionado para o arquivamento físico, veio a ideia unir o capital técnico da Ufal para ultrapassar os muros.

A iniciativa de deixar as fotos acessíveis on-line contou com o empenho e técnica do NTI, sob a responsabilidade de Alexandre Marinho. “Participar do desenvolvimento do portal do acervo fotográfico da Ufal foi uma experiência muito enriquecedora, principalmente por contribuir para tornar acessível ao público um material histórico de grande valor, antes restrito. Foi preciso garantir que as imagens digitalizadas fossem apresentadas em boa qualidade, preservando a memória da Universidade e permitindo que a comunidade conheça registros que datam até 1951 [antes mesmo da criação da Ufal], além de informações sobre os fotógrafos da época”, explicou.

Já a marca do acervo virtual do site foi desenvolvida pela programadora visual Camila Fialho, servidora da Ascom e que também assina outros importantes projetos e marcas da Universidade. Ela resumiu como suas inspirações foram transformadas no material criado: “Acredito que o resultado que cheguei traduz, em forma e cor, a missão de preservar e difundir a memória imagética da Ufal. O símbolo se forma na união de dois arcos que formam a letra M, referência direta ao nome do acervo e ao ato de memória. Essa união também representa o encontro entre passado e presente, a continuidade da história e a preservação do legado da Ufal, transmitidos, essencialmente, pela escolha das cores, na qual o arco monocromático remete às fotografias antigas que constituem a base histórica do acervo; e o arco que carrega as cores do prisma de luz, simboliza a passagem do tempo, a evolução da fotografia e as imagens coloridas, incluindo as produções mais recentes”, detalhou Camila.

Pertencimento

Alexandre também destaca o trabalho como um grande laboratório acadêmico, porque contou com a participação de bolsistas da Universidade: “Durante o processo, eles puderam aprimorar seus conhecimentos, tanto sobre um aspecto técnico, quando um conhecimento histórico da Universidade que fazem parte. Mais do que um projeto de tecnologia, este portal representa um marco na preservação e divulgação da história visual da Ufal, tornando-a disponível a estudantes, pesquisadores e à sociedade em geral”.

Com site no ar, no endereço eletrônico imagens.ufal.br, a equipe da Ascom celebra a reafirmação da memória coletiva da Ufal e do que ela representa. “A marca comunica de forma objetiva e simbólica os valores do Acervo Imagético: memória, preservação, diversidade e acesso, consolidando a Ufal como guardiã de sua própria história visual. Essa ação histórica vai perpetuar a memória da Universidade e ampliar a visibilidade da nossa produção acadêmica e cultural”, finalizou Camila Fialho.