Polícia

Homem é condenado a mais de 24 anos de prisão por homicídio no Vergel do Lago

Crime aconteceu em 2016, no “Bar da Vera”, e foi motivado por vingança contra vítima que havia denunciado uma organização criminosa

Por Lucas França com Tribuna Hoje 31/10/2025 11h09
Homem é condenado a mais de 24 anos de prisão por homicídio no Vergel do Lago
Presídio de Maceió - Foto: Jorge Santos / Ascom Seris

Um homem foi condenado, nessa quinta-feira (30), a 24 anos e seis meses de reclusão, em regime fechado, pelo homicídio de Ívio Thyeres dos Santos Ramos, ocorrido em 2016, no bairro Vergel do Lago, em Maceió. O crime aconteceu nas proximidades do conhecido “Bar da Vera”.

Durante o julgamento, o réu — que já possuía antecedentes criminais e era apontado como integrante de uma facção criminosa que atuava na região — foi considerado culpado pelo Conselho de Sentença. O júri reconheceu as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

A promotora de Justiça Adilza de Freitas, representante do Ministério Público de Alagoas (MPAL) no julgamento, destacou-se pela firmeza e clareza nos argumentos, enfatizando a frieza e brutalidade do assassinato.

Segundo a denúncia, o crime teve motivação de vingança. Ívio teria sido marcado para morrer após denunciar membros de uma organização criminosa. Temendo por sua vida, ele chegou a se mudar do bairro, mas eventualmente voltava para visitar o filho.

Na noite de 10 de abril de 2016, enquanto descansava em frente ao bar, Ívio foi surpreendido por disparos efetuados por um homem que chegou de bicicleta e armado, não dando qualquer chance de defesa. A vítima não tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

De acordo com as investigações, após o assassinato, o autor do crime e outros envolvidos chegaram a comemorar a morte. A promotora Adilza de Freitas afirmou que a sentença representa a vitória da justiça e a reafirmação do direito à vida.

“Todos têm o direito de viver. A vítima deixou filhos ainda crianças, que até hoje sofrem as consequências desse bárbaro crime. O egoísmo de quem mata ignora a dor dos órfãos. Nosso compromisso é com a defesa da vida em sua plenitude e com a memória do morto”, declarou a promotora.