Polícia

Polícia trabalha com hipótese de que bebê desaparecida tenha sido devorada por animais

Celine Raíssa, de dois meses, desapareceu junto com a mãe, Crislany Maria, de 19 anos, cujo corpo foi encontrado

Por Tribuna Hoje com agências 28/10/2025 15h31 - Atualizado em 28/10/2025 15h42
Polícia trabalha com hipótese de que bebê desaparecida tenha sido devorada por animais
Crislany Maria Gomes da Silva - Foto: Reprodução

A principal hipótese da Polícia Civil de Alagoas é que o corpo da bebê Celine Raíssa Caetano da Silva, de dois meses, tenha sido devorado por animais. A criança desapareceu junto com a mãe, Crislany Maria Gomes da Silva, de 19 anos, encontrada morta há oito dias em uma área de mata.

De acordo com o delegado Ronilson Medeiros, da Delegacia de Desaparecidos, as buscas na região onde o corpo da jovem foi localizado foram minuciosas e contaram com o apoio de cães farejadores, mas nenhum vestígio da bebê foi encontrado.

“Sabemos que um bebê tem mais cartilagem do que osso, e vimos que animais devoraram partes da cabeça e de outras áreas do corpo da Crislany. Por que esses animais não fariam o mesmo com a bebezinha?”, explicou o delegado, em entrevista à TV Pajuçara.

A investigação aponta que o crime foi motivado por um triângulo amoroso entre Crislany, o companheiro dela e Jonathan, amigo das vítimas, que confessou o assassinato e indicou à polícia o local onde teria deixado os corpos. No entanto, apenas o cadáver da jovem foi encontrado, já em avançado estado de putrefação.

“Infelizmente, a investigação sinaliza que a bebezinha também está morta. Foi feita uma varredura com o canil, e geralmente não retornamos aos locais quando esse tipo de operação é concluído dessa forma”, afirmou Medeiros.

Mesmo diante da confissão, familiares da vítima ainda mantêm esperança de que a criança esteja viva. O delegado reforçou, porém, que a polícia trabalha apenas com fatos e evidências. “Pode ser encontrada, se aparecer algum indício. Não vamos conjecturar sem base ou provas. Em nenhum momento ele disse que vendeu, doou ou entregou a criança a alguém. Se alguém tiver qualquer prova, entre em contato com urgência com a Delegacia de Homicídios”, alertou.

Por fim, o delegado recomendou que a família acompanhe de perto o andamento do inquérito. “Acompanhem essa investigação, é o passo mais sensato. Procurem a delegacia, saibam como está o andamento e se há possibilidade de outros envolvidos”, concluiu.