Polícia

Babá assassinada a facadas em Maceió havia sido testemunha de agressão cometida pelo suspeito contra a ex-companheira

Por Tribuna Hoje 15/10/2025 12h02 - Atualizado em 15/10/2025 12h08
Babá assassinada a facadas em Maceió havia sido testemunha de agressão cometida pelo suspeito contra a ex-companheira
Inaianne da Costa Silva, de 27 anos - Foto: Reprodução

Inaianne da Costa Silva, de 27 anos, babá assassinada a facadas na madrugada da última segunda-feira (13), em Maceió, havia sido testemunha ocular em um inquérito anterior envolvendo o próprio suspeito do crime, Jean Lopes Moraes de Souza, de 32 anos. A informação foi confirmada pela delegada Camila Chacon, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

De acordo com a delegada, Inaianne presenciou agressões cometidas por Jean contra a ex-mulher e chegou a prestar depoimento no caso. A vítima estava diretamente envolvida na investigação anterior, o que pode ter motivado o assassinato, segundo a Polícia Civil.

“O Jean mantinha um relacionamento de 13 anos com a ex-companheira, e desde a separação, em agosto, ele não aceitava o fim. Já havia sido instaurado um inquérito por lesão corporal, e ele estava proibido judicialmente de se aproximar da ex-mulher, por medida protetiva que foi descumprida”, explicou a delegada.

Jean foi preso poucas horas após o crime, em uma residência no bairro Antares, e autuado em flagrante por homicídio qualificado. A investigação aponta que Inaianne foi morta sem chance de defesa, o que agravou a tipificação penal.

Segundo Chacon, o suspeito alegou que agiu em legítima defesa, afirmando que a babá representava uma ameaça aos filhos. No entanto, ele foi identificado como autor do crime por imagens de câmeras e pelo reconhecimento de testemunhas.

Inaianne havia sido contratada há apenas uma semana para cuidar dos três filhos do casal. O crime ocorreu no bairro Santa Lúcia, enquanto ela estava sozinha com as crianças. Jean invadiu o imóvel e atacou a babá na frente dos filhos.

Horas antes do assassinato, ele publicou mensagens com tom ameaçador nas redes sociais, incluindo uma em que afirmava estar "a fim de beber sangue de pilantra".

O inquérito deve ser concluído em até 10 dias e encaminhado ao Ministério Público, que analisará a denúncia com base nas provas e poderá manter a acusação por homicídio qualificado.