Polícia

Mulher é apontada como autora intelectual da morte de catadora de recicláveis em Rio Largo

Por Tribuna Hoje com agências 03/09/2025 09h12 - Atualizado em 03/09/2025 09h23
Mulher é apontada como autora intelectual da morte de catadora de recicláveis em Rio Largo
Catadora de recicláveis Tamires Kelly da Silva foi assassinada após ser agredida brutalmente no Conjunto Antônio Lins, em Rio Largo, no último dia 24 - Foto: Cortesia

Uma mulher, identificada como Tamires Kelly da Silva, catadora de recicláveis, foi brutalmente assassinada no Conjunto Antônio Lins, em Rio Largo, na Grande Maceió, no dia 24. Investigações apontaram que ela foi vítima do denominado "tribunal do crime", organizado por um grupo criminoso que domina o tráfico de drogas na região. A decisão do referido grupo resultou em sua morte, sendo uma mulher identificada como a autora intelectual do homicídio.

Segundo informações da polícia, o nome de Tamires foi apresentado ao grupo por uma residente do conjunto, que alegava um suposto roubo em sua propriedade. Essa moradora procurou os criminosos exigindo uma solução contra a jovem em vez de registrar o caso nas autoridades competentes.

O delegado Rosimeire Vieira explicou que não foi feita nenhuma ocorrência oficial sobre o crime. Tamires foi acusada de invadir uma residência, e a proprietária decidiu recorrer ao grupo criminoso para resolver o suposto problema. Vieira reiterou que a abordagem deveria ter sido por meio da polícia e não por uma ação privada no "tribunal do crime".

Como o caso se concentrou em uma área controlada pelo tráfico, o grupo executou sua própria forma de "justiça". A operação policial intitulada "Reciclo", realizada na manhã desta quarta-feira (03), resultou na prisão de quatro suspeitos e na apreensão de outros materiais relacionados. Entre os investigados está a mulher apontada como a mentora intelectual do crime. Todos os detidos serão interrogados na tentativa de identificar mais envolvidos no caso.

De acordo com a delegada, o número de participantes no linchamento coletivo é ainda maior do que os encontrados até agora. Os presos fazem parte da liderança do grupo, mas estima-se que cerca de 10 pessoas estejam diretamente ligadas ao crime. Além disso, muitos dos envolvidos residem no mesmo conjunto habitacional onde Tamires vivia e possuem diferentes históricos criminais.