Polícia

Sinais de esquizofrenia: mulher presa por stalking em shopping é médica e foi aposentada por incapacidade

Suspeita tem histórico de crises psiquiátricas e morava sozinha no bairro São Jorge após morte de sua mãe

Por Tribuna Hoje com agências 04/08/2025 14h26
Sinais de esquizofrenia: mulher presa por stalking em shopping é médica e foi aposentada por incapacidade
Caso foi registrado na tarde desse domingo (3) - Foto: Reprodução

A mulher presa nesse domingo (3), após perseguir uma família e tentar sequestrar uma criança dentro de um shopping em Cruz das Almas, é uma médica e já tem um histórico marcado por episódios de transtornos mentais. De acordo com informações, ela foi aposentada por incapacidade e pessoas próximas ela afirma que a mulher apresenta sinais de crises relacionadas à esquizofrenia há alguns anos.

Nesta segunda-feira (4), ela passou por uma audiência de custódia, mas não há detalhes do resultado, pois até a publicação do material ainda seguia em andamento.

HISTÓRICO

A médica se formou em 1999 pela antiga de Ciências Médicas de Alagoas (atual UNCISAL), mas, não possui registro ativo no Conselho Regional de Medicina em Alagoas. Depois da graduação, ela teria se mudado para Brasília, onde fez residência médica e foi aprovada em um concurso público federal. A mulher tem dois filhos que moram com o ex-marido na capital federal.

A mulher retornou para a capital alagoana na pandemia e morava sozinha no bairro São Jorge. Ela perdeu os pais há alguns anos e mantém laços familiares com uma tia e primos que moram também em Maceió.

De acordo com relatos de amigos, sua mãe chegou a tentar trazê-la para Alagoas anteriormente, devido suas crises de saúde mental, porém, ela voltou a Brasília e ficou por lá, vindo apenas para Alagoas na pandemia.

A médica estudou parte da sua vida no Colégio São José e concluiu o ensino médio no Colégio Marista

Ontem, ela acabou sendo detida por perseguir uma família dentro de um shopping e demonstrou o interesse em se aproximar de uma criança. “A versão que ela apresentou é de que a intenção seria interagir com a criança e até pegá-la no colo, mas a família não permitiu, pediu que ela se afastasse e deixou a loja onde estavam. A suspeita alegou que a criança lembrava muito a filha dela, que hoje tem 20 anos”, explicou o delegado Eliel Tavares.

Após o caso se divulgado, nas redes sociais, surgiu relatos de outros casos semelhantes envolvendo a mesma mulher, porém até o momento não há registros oficiais. “Se em algum momento essas pessoas se sentiram prejudicadas ou ameaçadas, elas podem procurar a delegacia, e aí passamos a ter uma situação formalmente registrada”, completou o delegado.

A mulher foi autuada em flagrante pelo crime de stalking.