Polícia
Justiça decreta prisão preventiva de homem suspeito de matar a ex-companheira
Adjane Araújo da Silva foi morta com três tiros na sexta-feira (1), em Teotônio Vilela

Foi decretado pela Justiça de Alagoas, a prisão preventiva do homem suspeito de matar a gari Adjane Araújo da Silva, com três tiros no Centro de Teotônio Vilela, interior de Alagoas, enquanto ela trabalhava, no último dia 1. O principal acusado foi submetido a uma audiência de custódia nesse domingo (3), um dia após ser preso em flagrante quando se preparava para fugir para outro estado.
A vítima deixou três filhos de 8, 14 e 18 anos de idade. Ela tinha um relacionamento de dois meses com o investigado, porém, a Polícia Civil informou que era conturbado e Adjane teria sido agredida fisicamente por ele.
Devido a isso, ela decidiu se separar, no entanto, o suspeito não aceitava o fim da relação e isso pode ter sido o motivo do feminicídio.
Segundo a investigação, a vítima era perseguida e ameaçada pelo ex-companheiro e já havia solicitado à Justiça medida protetiva.
A Justiça terminou a medida de proteção dois dias antes dela ser morta, conforme a Polícia Civil de Alagoas. O suspeito foi preso nesse sábado (2), após denúncia de sua volta para casa pra buscar pertences e fugir do estado.
O homem foi encontrado na cidade. Uma denúncia anônima levou as autoridades policiais até o suspeito.
De acordo com o Ministério Público de Alagoas (MP/AL), no momento da prisão, foram encontrados com ele R$ 20 mil, a arma de fogo calibre 38 usada no crime e uma motocicleta, sinalizando que ele se preparava para fugir.
O suspeito confessou a autoria do crime para as autoridades. O feminicídio ocorreu em via pública, por volta das 15h, sendo testemunhado por várias pessoas.
A movimentação minutos antes e depois do assassinato foi registrada por imagens de videomonitoramento.
A manifestação pela conversão da prisão em flagrante por preventiva foi do promotor de Justiça plantonista, João Batista Santos Filho.
O investigado será levado para o sistema prisional.
Segundo o MP/AL, no dia 5 de junho deste ano, há cerca de dois meses, a mulher tinha procurado a delegacia e feito um Boletim de Ocorrência relatando perseguição, agressões com palavras de baixo calão, além de ameaças de morte.
“Um crime cruel, de extrema frieza, pois, o autor emboscou a vítima em via pública, em plena luz do dia, sem se importar com testemunhas. Um crime que ocorreu simplesmente porque a senhora Adjane, após dois meses de relacionamento, decidiu terminar. Ou seja, correu em descumprimento das medidas protetivas de urgência e em razão da vítima ser do sexo feminino, é, portanto, feminicídio e não havia, em hipótese alguma, evitar o pedido da prisão preventiva”, declara o promotor.
O suspeito deverá ser denunciado pelo órgão ministerial por feminicídio, podendo ser punido com até 40 anos de prisão.
“A vítima trabalhava como gari na cidade, onde tinha muitas amizades, foi morta brutalmente no período em que unimos forças, onde trabalhamos o Agosto Lilás, justamente com o propósito de fazer os homens entenderem que mulheres não são objetos de posse, não são obrigadas a permanecer em relacionamentos, muito menos serem vítimas de seus descontroles e covardia”, conclui o promotor.
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