Polícia

Mulher trans foi morta após ameaçar contar caso extraconjungal com mandante do crime

Suspeito intelectual teria pago uma quantia de R$ 10 mil para executor; vítima foi morta a golpes de marreta

Por Tribuna Hoje com agências 17/06/2025 14h47 - Atualizado em 18/06/2025 00h50
Mulher trans foi morta após ameaçar contar caso extraconjungal com mandante do crime
Marcela Valentina de Souza tinha 20 anos - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) informou que a mulher trans identificada como Marcela Valentina de Souza morta devido a um caso extraconjungal com o suspeito de ser o mandante do crime. Ela teria ameaçado revelar o caso para a esposa do suspeito.

De acordo com o delegado de Homicídios de Proteção às Pessoas (DHPP), Eduardo Guerra, a vítima foi assassinada com golpes de marreta na cabeça. O suspeito material do crime teria cobrado um valor de R$ 10 mil para matar Marcela, sendo R$ 5 mil pago antes do assassinato e o restante após a morte da vítima.

“O mandante atraiu a vítima através de uma ligação telefônica para que a vítima se dirigisse até o local, onde estava sendo realizada uma obra. Nessa obra ambos trabalhavam, tanto o executor material, quanto o mandante. A vítima, ao chegar no local, foi surpreendida pelo executor que a surpreendeu, pediu para que ela entrasse, e que o mandante estaria aguardando a Marcela. E foi aí que o executor, através de um instrumento, uma marreta de demolição, acabou desferindo dois ou três golpes na cabeça dela. Ela caiu, ficou inconsciente. Ele disse que ela ainda respirava, mas não teve coragem suficiente para desferir, digamos assim, o golpe fatal’’, explicou Eduardo Guerra.

O caso ganhou repercussão, e os suspeitos cortaram relações para não serem identificados. O suspeito de ter cometido o crime foi preso nesta terça-feira (17), na Chã de Bebedouro, em Maceió.

Já o mandante do crime havia sido preso no dia 25 de maio em uma operação policial no bairro do Clima Bom. A vítima foi encontrada morta coberta por uma lona, próximo a calçada de uma escola, no bairro de Jatiúca, na parte baixa de Maceió.

A polícia reforçou a importância do Disque-Denúncia 181 na resolução de crimes.

Exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que a morte foi provocada por traumatismo craniano, causado por instrumento contundente.

A vítima era natural de Tocantins, trabalhava como maquiadora em Caruaru (PE), e havia se mudado para Maceió há pouco tempo. Uma nota fiscal encontrada em sua bolsa indicava que ela almoçou em um shopping dois dias antes de ser morta.

Imagens de câmera de segurança registram o momento em que um homem, que seria o autor do crime, empurrava um carrinho de mão, supostamente com o corpo dela.