Polícia

Mãe da bebê é indiciada homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime

Morte ocorreu em abril no município de Novo Lino; polícia investiga ainda se houve participação de terceiros

Por Luciano Costa / Ascom PC/AL 08/05/2025 09h42 - Atualizado em 08/05/2025 09h51
Mãe da bebê é indiciada homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime
Eduarda Silva de Oliveira teve prisão decretada pela morta da bebê Ana Beatriz - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), por meio da Seção Antissequestro da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), concluiu o inquérito policial, instaurado para apurar a morte da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, ocorrida no município de Novo Lino, interior de Alagoas, no mês de abril deste ano.

Ao final das investigações, a genitora da vítima, Eduarda Silva de Oliveira, foi indiciada formalmente pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime. A Polícia Civil ressalta que, até o presente momento, não dispõe de elementos técnicos, médicos ou psicológicos que justifiquem o enquadramento da conduta no crime de infanticídio, uma vez que não houve conclusão de laudo pericial que comprove a ocorrência de perturbação psíquica decorrente do estado puerperal.

De acordo com os laudos produzidos pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística (IC), foi constatado que o estado de conservação do corpo da vítima não é compatível com o tempo de mais de quatro dias em que teria permanecido no local onde foi encontrado, o que reforça a hipótese de que o cadáver pode ter sido manipulado ou mantido temporariamente em outro local — possivelmente sob condições de refrigeração ou conservação artificial — antes de ser colocado no armário onde foi posteriormente localizado. Dessa forma, as investigações continuarão com o objetivo de esclarecer se houve participação de terceiros na ocultação do cadáver ou em qualquer outra conduta relacionada ao crime.

Os delegados Igor Diego e João Marcello, responsáveis pela investigação, reafirmaram o compromisso da Polícia Civil com a apuração técnica dos fatos, e que continuará empenhada em esclarecer por completo todas as circunstâncias envolvidas no caso.