A Secretaria de Estado da Segurança Pública vai ampliar as ações de videomonitoramento e garantiu que até o final deste mês, a população contará com 400 câmeras de videomonitoramento instaladas na capital e no interior, com o objetivo de ajudar a reduzir a criminalidade. Desta forma, Alagoas estará na vanguarda dos serviços de tecnologia aliado ao policiamento ostensivo, ficando no mesmo patamar que a Bahia, por exemplo, estado pioneiro neste serviço.

As rotas da saída e entrada da capital estão com 20 pontos de leitura de placas de veículos, os chamados OCR – Optical Character Recognition (Reconhecimento Óptico de Caracteres), uma tecnologia que converte imagens de texto em um formato de texto que pode ser lido por máquinas. Em breve, os OCR serão também instalados nas saídas e entradas do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares e no Porto de Maceió.

O investimento anual do governo de Alagoas gira em torno de R$ 5 milhões e 800 mil. Neste somatório, estão aluguel de equipamentos, pagamento de pessoal e aquisição de software. Em breve, as câmeras serão capazes também de identificar as pessoas que constam no cadastro de pessoas desaparecidas.

A SSP/AL não tem como precisar quantas pessoas foram presas, devido às imagens captadas pelo videomonitoramento porque depois de levadas às delegacias, as pessoas podem ter sido ou não detidas.

No ano passado, foram registradas 240 ocorrências pela equipe do videomonitoramento. As equipes policiais foram acionadas em todas elas. As ocorrências foram registradas no período de setembro a dezembro de 2024, quando foi iniciada a implantação do sistema de videomonitoramento. Devido aos trâmites necessários, boa parte dos totens só começou a funcionar este ano.

Outros municípios vão receber sistema este ano

Com a ampliação, haverá câmeras com alcance de 360º em praticamente toda Maceió. Até o segundo semestre, o sistema será levado a outros munícipios. Atualmente, Arapiraca e Marechal Deodoro, mais precisamente a Praia do Francês, estão dotados com os equipamentos.

Atualmente, são 255 câmeras instaladas em 81 pontos na capital, em diversos bairros da parte alta e da parte baixa de Maceió. De acordo com o chefe do Centro Integrado Operacional de Segurança Pública (Ciosp), major Fernando Alencar, os equipamentos utilizam tecnologia de última geração e o grau de confiabilidade alcança uma margem de 90% e quando somados aos arquivos da polícia e confrontados ambos os recursos, chega aos 100%. Na avaliação do major, não houve erro em nenhuma identificação feita no estado.

As câmeras, salientou, captam imagens com condições seguras de reconhecimento mesmo que a pessoa tente, por exemplo, usar bonés, óculos escuros ou pintem o cabelo em uma tentativa de camuflagem. “Nem mesmo a falta de energia ou pouca luminosidade reduz a eficiência das imagens captadas”, frisou o oficial.

Algumas das câmeras estão fixadas em totens de segurança posicionados em locais estratégicos da capital. Com uma estrutura de sete metros de altura, os dispositivos possuem comunicação direta.

Governo investe para garantir mais segurança

O governador Paulo Dantas afirmou que investir em tecnologia é investir em vidas, garantindo maior proteção para a população e para os agentes de segurança.

Cada ponto de monitoramento conta com quatro câmeras que, juntas, possibilitam uma cobertura de 360 graus durante 24 horas por dia e sete dias por semana.

“As câmeras poderão ser usadas com zoom ampliado, de excelente qualidade, e ainda estão habilitadas para fazer reconhecimento facial e, assim, ajudar também em situações de identificação de suspeitos em envolvimentos em crimes e de foragidos da Justiça. É um artifício que vai ajudar bastante nas investigações e cumprimento de mandados”, afirmou o major Fernando Alencar.

De acordo com o major Fernando Alencar, cada um dos totens instalados tem a possibilidade de facilitar o contato das pessoas com as forças de segurança.

“A partir do momento “A partir do momento do acionamento do botão de pânico, as equipes que estarão monitorando acompanharão por imagem e também por voz o chamado, já que será possível a vítima ou o denunciante narrar o problema ou perigo, como se fosse uma ligação de vídeo para a nossa central”, acrescentou.