Polícia
Mãe de criança que sofreu queimaduras pelo corpo só procurou atendimento médico após denúncia recebida pela PM
Caso foi registrado no Conjunto Osman Loureiro, no bairro do Clima Bom, parte alta de Maceió

Nesta quarta-feira (19), o conselheiro tutelar Arildo Alves afirmou que a mãe da criança que sofreu queimaduras pelo corpo só procurou atendimento médico após uma denúncia anônima recebida pela Polícia Militar. Por suspeitas de negligência, o Conselho Tutelar vai ingressar com uma notícia de fato no Ministério Público, solicitando destituição do poder familiar da mãe.
A criança teve mais de 10% do corpo queimado e está internada no Hospital Geral do Estado (HGE). Ainda segundo o conselheiro, um exame realizado no paciente também detectou hematomas na região da cabeça, dando indícios de que também foi agredido.
O caso aconteceu na segunda-feira (17), mas o menino só foi socorrido na terça-feira (18), após denúncia. Foi então levada para a UPA, onde a mãe contou diversas versões. Na delegacia foi que ela disse que o padrasto teria sido o responsável. O menino foi transferido da UPA para o Hospital da Mulher, por causa da gravidade das queimaduras.
“O fato ocorreu na segunda-feira, na terça, a criança ainda não tinha recebido atendimento médico, o que só aconteceu após a Polícia Militar receber uma denúncia anônima, se encaminhar à residência da família e levar o menino e a mãe à UPA. Se não tivesse sido feita a denúncia, a criança estaria até hoje sendo negligenciada e sofrendo na casa dela. A mãe está com a criança no HGE, porque ela ainda amamenta, mas já fizemos um termo para que a tia fique com a criança até o final da investigação”, disse Arildo.
O padrasto da criança e suspeito até o momento de ser o agressor, se apresentou à polícia e prestou depoimento na terça-feira (18). Conforme o conselheiro, o homem corroborou com a a versão de que a criança havia se queimado com água quente. A mãe contou aos policiais que saiu para trabalhar e deixou a criança sob os cuidados do companheiro, com quem mora junto há dois meses. Segundo ela, ao voltar para casa, a criança já estava dormindo e com pomada espalhada nos locais das queimaduras.
“Ele relatou que a criança se queimou sozinha. Não tivemos acesso ao inquérito, vamos esperar o decorrer da investigação para chegar ao verdadeiro culpado. É estarrecedor ver as fotos - e nós que vimos pessoalmente -, a situação que a criança ficou. Além disso, recebemos a informação que, após exames realizados no HGE, que a criança está com hematomas na cabeça. Não sabemos quem agrediu, mas certamente foi alguém que convive com a criança”, explica Alves.
A investigação seguirá na Delegacia Especial de Crimes Contra Crianças e Adolescentes.
*com informações de GazetaWeb
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