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Crânio de réptil marinho pré-histórico é descoberto na Inglaterra

Por Notícias ao Minuto 14/12/2023 15h22 - Atualizado em 14/12/2023 18h08
Crânio de réptil marinho pré-histórico é descoberto na Inglaterra
Com 130 dentes afiados, o pliossauro era capaz de matar com uma única mordida, e as suas presas incluíam outros répteis marinhos - Foto: Reprodução

Um fóssil do crânio de um pliossauro, um réptil marinho pré-histórico, foi encontrado na costa jurássica de Dorset, no sul da Inglaterra.

O crânio, que mede dois metros de comprimento, é considerado um dos mais completos já descobertos e pode fornecer novas informações sobre esse predador. O paleontólogo Steve Etches descreve o fóssil como único, uma vez que está completo e possui todos os ossos, noticia a BBC News.

Com 130 dentes afiados, o pliossauro era capaz de matar com uma única mordida, e as suas presas incluíam outros répteis marinhos. O animal terá habitado os mares há cerca de 150 milhões de anos.

A descoberta do fóssil foi feita por Phil Jacobs, amigo e colega de Etches, durante um passeio na praia perto da baía de Kimmeridge, com um drone. A operação de resgate foi complexa e envolveu uma equipa de rapel. Os cientistas agora querem realizar mais escavações para tentar localizar o resto do animal.

O crânio será exibido no museu de Etches no próximo ano. "É um dos melhores fósseis com que já trabalhei. O que o torna único é que está completo", referiu, acrescentando que "a mandíbula inferior e a parte superior do crânio estão interligadas, como estariam se estivesse vivo".

"Em todo o mundo, quase não há fósseis encontrados com este nível de detalhe. E se houver, faltam muitos pedaços, enquanto este, embora esteja ligeiramente deformado, possui todos os ossos", acrescenta.

O pliossauro era uma máquina de matar e, com 10 a 12 metros de comprimento e tinha quatro poderosos membros em forma de barbatana para nadar a alta velocidade. Tornou-se um grande predador dos oceanos. As suas presas assemelhavam-se às de outros répteis.

As imagens do crânio foram partilhadas na página do Facebook da coleção do paleontólogo Steve Etches.