Mundo
Massacre no sul do México deixa 20 mortos, incluindo prefeito
Autoridades suspeitam que grupos do crime organizado estejam envolvidos
Uma briga entre duas gangues rivais em San Miguel Totolapan, no estado de Guerrero, sudoeste do México, deixou 20 mortos, nesta quinta-feira 6. Entre as vítimas estão o prefeito da cidade, Conrado Mendoza, seu pai e ex-prefeito, Juan Mendoza, e outras autoridades locais.
O secretário-geral da prefeitura da cidade, Freddy Vázquez, disse à imprensa que um grupo armado entrou atirando no palácio municipal e que o prefeito foi morto enquanto estava em uma reunião de trabalho. "Uma operação teve início para localizar e deter os responsáveis pelo ataque armado", informou a Coordenação para a Construção da Paz, organização com a presença de autoridades estaduais e federais, em comunicado.
Após o ataque, os acessos à localidade, de cerca de 4.300 habitantes foram bloqueadas com caminhões e ônibus.
As autoridades suspeitam que os grupos do crime organizado La Familia Michoacana e Los Tequileros estejam envolvidos. "Isso aconteceu no contexto de uma disputa entre gangues criminosas", disse Ricardo Mejía, subsecretário de Segurança Pública do país.
O grupo Los Tequileros atuou na região há alguns anos, em particular com sequestros para pedidos de resgate, mas sua influência caiu a partir de 2018, após a morte de um de seus líderes em um confronto com a polícia. Há alguns dias, entretanto, a imprensa local reportou que mensagens estavam circulando na comunidade com ameaças de que o grupo retornaria a San Miguel Totolapan.
Os investigadores também estão trabalhando para verificar um vídeo no qual o grupo Los Tequileros parecem reivindicar a responsabilidade pelos assassinatos. Guerrero é um importante estado produtor de heroína e ambas as gangues estão envolvidas no contrabando de drogas.
Esta não é primeira vez que um prefeito mexicano é assassinado. De acordo com um balanço da consultoria Etellekt, com a morte de Mendoza, o México registra 94 prefeitos mortos desde o ano 2000.
Anteriormente, o jornal mexicano "El Universal" informou que os atiradores pareciam ter realizado uma série coordenada de ataques dentro do prédio com o objetivo de matar o prefeito.
Separadamente, no estado central de Morelos, a deputada estadual Gabriela Marin foi morta a tiros e seu guarda-costas ficou ferido do lado de fora de uma farmácia na noite de quarta-feira (5). Mejía disse que "não pode descartar vingança ou outro motivo político".
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