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Departamento de Justiça dos EUA divulga documento que justificou buscas na casa de Trump
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira (26) uma versão editada do depoimento que usou para obter aprovação judicial para as buscas na residência do ex-presidente Donald Trump na Flórida no início do mês.
O divulgação revelou alguns novos detalhes sobre os documentos confidenciais que Trump manteve em sua casa em Mar-a-Lago até janeiro deste ano, desde anotações manuscritas pelo presidente até informações sobre fontes de inteligência nacional.
Também mostrou esforços de representantes de Trump para comprovar que ele tinha autoridade para desclassificar os documentos.
Do documento de 32 páginas, 23 continham bastante conteúdo não-revelado (editado), sendo que 11 delas estavam totalmente apagadas.
Junto também foi divulgada uma carta do advogado de defesa de Trump, Evan Corcorcan, que escreveu ao departamento em 25 de maio para reclamar da investigação do Departamento de Justiça.
A divulgação já era esperada, já que segue uma determinação da Justiça norte-americana de quinta-feira (25), e pode lançar mais luz sobre as evidências que justificaram a busca sem precedentes - Trump, ao deixar a presidência, levou da Casa Branca mais de centenas de documentos confidenciais e de propriedade estatal.
O Departamento de Justiça - um equivalente a um Ministério da Justiça - era contra essa divulgação, que, para o órgão, coloca em risco uma investigação criminal em andamento, além de revelar informações sobre testemunhas e tornar públicas técnicas de investigação.
Em 8 de agosto, para recuperar parte desses papéis, o FBI fez uma operação de busca e apreensão na casa de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, que foi revelada pelo próprio ex-presidente.
Na noite do dia 8 de agosto, o ex-presidente Donald Trump, dos EUA, publicou uma nota na qual afirmava que um grupo de agentes do FBI fazia uma operação em sua casa de Mar-a-Lago.
Não foi uma invasão a força, já que o FBI avisou o Serviço Secreto, que protege o ex-presidente, antes de chegar, de acordo com a rede NBC. Lá dentro, passaram horas revistando a residência. Abriram, inclusive, uma caixa forte.
O mandado de busca autorizou agentes do FBI a apreender materiais da residência de Trump em Mar-a-Lago para investigar crimes relacionados à Lei de Espionagem, que proíbe a retenção não autorizada de informações de segurança nacional que possam prejudicar os EUA ou ajudar um adversário.
Junto ao mandado, foi divulgado um inventário do que foi apreendido pelo FBI em Mar-a-Lago: 11 conjuntos de documentos confidenciais, entre os quais havia quatro que eram ultrassecretos e três secretos.
Por que o FBI fez a operação?
A declaração deve ter informações importantes sobre o motivo pelo qual o FBI executou um mandado de busca em Mar-a-Lago em 8 de agosto, mas já se sabe o que foi levado: 11 conjuntos de documentos sigilosos, incluindo informações que têm o nível mais secreto de sigilo.
Os documentos também mostraram que o FBI estava investigando a “retenção intencional de informações de defesa nacional”, a ocultação ou remoção de registros do governo e obstrução de uma investigação federal.
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