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Biden abre diálogo com Maduro por petróleo venezuelano

Alto escalão do governo dos EUA encontrou-se com autoridades venezuelanas após o secretário do Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciar eventuais sanções sobre o petróleo russo

Por Revista Fórum 07/03/2022 06h57 - Atualizado em 07/03/2022 07h01
Biden abre diálogo com Maduro por petróleo venezuelano
Joe Biden e Nicolas Maduro - Foto: Reprodução

Enquanto o preço do barril do petróleo brent chegando a US$ 139 na noite deste domingo (7), após o secretário do Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciar eventuais sanções sobre o petróleo russo, integrantes do alto escalão do governo Joe Biden negocia uma eventual reabertura de mercado do produto na Venezuela, de Nicolás Maduro.

A comitiva dos EUA teria chegado a Caracas no sábado (5) e se reuniu com integrantes do governo Maduro neste domingo para discutir uma potencial flexibilização das sanções ao petróleo, segundo o site Spectator Index, especializado no mercado financeiro.

reunião ocorreu horas depois de Blinken anunciar a nova estratégia dos EUA contra a Rússia na guerra da Ucrânia.
"Estamos agora em discussões muito ativas com nossos parceiros europeus sobre a proibição da importação de petróleo russo para nossos países, enquanto, é claro, ao mesmo tempo, mantemos um fornecimento global estável de petróleo", disse o secretário dos EUA, provocando uma explosão no já crescente preço do petróleo no mercado internacional.

Os EUA cortaram relações diplomáticas com Maduro em 2019, quando a Casa Branca de Donald Trump apoiou uma tentativa malsucedida de golpe, comandado por Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente do país.
A Venezuela tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo e há interesse dos EUA em reatar os laços diante do confronto com a Rússia, que seria agora o alvo das sanções.

O primeiro encontro entre autoridades venezuelanas e dos EUA ocorreu no sábado, mas teria terminado sem acordos.

Além do petróleo, Biden estaria buscando aumentar a influência na América Latina - especialmente em países produtores de petróleo, como Venezuela e Brasil - para afastar líderes do continente das relações com Vladimir Putin no que é visto como uma eventual nova guerra fria.