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Cadeia produtiva do café começa a ser discutida em Alagoas pelo Sistema Faeal/Senar e Embrapa

Por Senar/Alagoas 30/10/2025 11h22 - Atualizado em 30/10/2025 11h25
Cadeia produtiva do café começa a ser discutida em Alagoas pelo Sistema Faeal/Senar e Embrapa
Para a Embrapa, o momento é de promover a troca de experiências e incentivar futuros interessados em iniciar o cultivo local - Foto: Assessoria

A superintendente-adjunta do Senar Alagoas, Luana Torres, recebeu na manhã desta quarta-feira (29), a analista de Inovação da Embrapa Alimentos e Territórios, Renata Silva. Na pauta, estudos de viabilidade técnica para o desenvolvimento de uma futura cadeia produtiva do café em Alagoas. O supervisor de Assistência Técnica e Gerencial do Senar, José Ferreira Jr., participou da reunião.

“O Sistema Faeal/Senar está sempre atento às sinalizações do mercado agropecuário, foi assim que incluímos novas cadeias em nosso portfólio como a cultura do eucalipto, a equideocultura e mais recentemente a maricultura. O café já está sendo cultivado em outros estados nordestinos e aqui em Alagoas temos a região serrana, com clima propício para essa produção”, avaliou Luana Torres.

Para a Embrapa, o momento é de promover a troca de experiências e incentivar futuros interessados em iniciar o cultivo local, a partir de variedades já testadas. “Cultivares como o arábica e o conilon já são produzidos em estados vizinhos a Alagoas e nossa intenção é promover uma missão técnica para conhecer essas experiências com o intuito de começar essa produção de forma organizada com apoio de pesquisadores e técnicos de campo, por isso essa primeira reunião da Embrapa aqui no Senar”, informou Renata Silva.

Os próximos passos incluem visitas técnicas a produtores nordestinos que já atuam na cafeicultura, para troca de experiências e benchmarking. Nessa etapa, outros parceiros devem integrar a missão, como o Sebrae e entidades públicas como o governo e universidades.

Luana Torres afirmou também que só uma avaliação técnica mais ampla permitirá desenhar o futuro da produção de café no estado. “A diversificação de culturas é uma das nossas missões, assim como aproximar os municípios e os produtores dos nossos serviços, tanto na Formação Profissional Rural quanto na Assistência Técnica e Gerencial. As cadeias produtivas surgem a partir das demandas locais, mas também da viabilidade do negócio”, disse.

Ela lembra o sucesso do Damásio Café, empreendimento de torrefação artesanal localizado em Mar Vermelho. “Apesar de utilizar o insumo cultivado em outros estados nordestinos, eles beneficiam o grão e criam um produto com características próprias que faz muito sucesso no mercado. Inclusive, pelo terceiro ano consecutivo, eles participam do nosso estande na Expoagro com uma procura crescente entre os consumidores”, completou Luana Torres.