Uma cobra jiboia de aproximadamente 3 a 4 metros está atraindo a curiosidade e gerando receio entre os frequentadores do Bosque das Arapiracas, em meio à área de caminhada e lazer da cidade. Recentemente avistada nas proximidades de um trecho onde moradores costumam praticar exercícios, o réptil tem se tornado o centro de especulações, dividindo opiniões sobre sua origem e a maneira como foi parar naquele local.

A tranquilidade da cobra diante da presença de pessoas tem levantado suspeitas de que ela possa ter sido abandonada por algum criador. “Ela parecia bem calma, quase dócil, não se incomodava com ninguém”, relata Milton Santos, aposentado que costumava caminhar no local com sua esposa, Dona Maria. O casal acredita que a jiboia não seja nativa da região, uma vez que o comportamento da cobra sugere que ela tenha sido criada em cativeiro. “Eu acho que alguém estava criando como bicho de estimação e depois trouxe para cá. Uma cobra grande daquela, de 3 a 4 metros, assusta mesmo”, afirma Milton.

Imagens de uma jiboia menor também foram registradas em outro ponto da reserva, nas proximidades do “Jacarejo”, aumentando as discussões sobre a presença dessas cobras na área e sua possível relação com o ecossistema local.

Além do mistério sobre a origem do réptil, a situação também levanta preocupações sobre o impacto ambiental na reserva. Moradores que frequentam o bosque chamam a atenção para a poluição do pequeno rio que corta o local, que tem recebido esgoto, afetando o equilíbrio da fauna e flora da região. Com o aumento da urbanização e a degradação ambiental, alguns especialistas acreditam que o ecossistema local tem sido alterado, o que pode ter levado animais não-nativos, como a jiboia, a se aproximarem da área em busca de alimento e abrigo.

A aparição da cobra continua a dividir a opinião dos moradores. Enquanto alguns acreditam que o animal foi abandonado por alguém que o mantinha como animal de estimação, outros apontam que o réptil pode simplesmente ser mais um habitante da fauna local, movendo-se em busca de condições mais favoráveis à sua sobrevivência.

“O fato de a cobra parecer tranquila e até acostumada com a presença de pessoas pode indicar que foi criada em cativeiro”, diz um morador que prefere não se identificar. Por outro lado, alguns defendem que o Bosque das Arapiracas, por ser uma área de preservação ambiental, poderia já ser o habitat natural para cobras como a jiboia, embora a presença de um animal tão grande em uma região urbanizada seja algo incomum.

Embora a presença do réptil não tenha causado nenhum incidente até o momento, a situação gerou uma série de alertas entre os frequentadores sobre a importância de respeitar a natureza e agir com cautela diante de animais silvestres. Especialistas ressaltam que, apesar da jiboia ser uma cobra não venenosa e geralmente inofensiva para o ser humano, é fundamental evitar qualquer tipo de aproximação.