Interior

Sítio arqueológico vai servir para aula de campo em Pão de Açúcar

Local tombado guarda importante registro de povos pré-históricos do Sertão

Por Cláudio Bulgarelli com Tribuna Independente 02/08/2018 09h34
Sítio arqueológico vai servir para aula de campo em Pão de Açúcar
Reprodução - Foto: Assessoria
Um ambiente que viria a ser área de extração de minérios em Pão de Açúcar, no Sertão alagoano, que acabou sendo tombado em 2012 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por guardar um importante registro de povos pré-históricos da região, vai servir agora para aulas de campo. Trata-se do Sítio Arqueológico da Pedra do Sapo, localizado no Sítio Bom Nome, há cerca de 60 minutos do centro da cidade, sendo esse apenas um dos 11 sítios existentes em Pão de Açúcar. O local foi visitado por equipes da coordenação da Educação no Campo, da Secretaria Municipal de Educação, e a diretoria de Meio Ambiente, da Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semagri), que realizaram uma visita técnica visando o local como uma fonte de riquíssimas informações a serem trabalhadas em sala de aula. Segundo a coordenadora da Educação Ambiental, Jordana Tenório, o local deve ser utilizado como um recurso educacional pelos professores da Rede de Educação. “Os professores devem ser incentivados a usar esse lugar como uma fonte riquíssima de informações sobre os povos que habitaram nesse lugar, pois está tudo registrado nas pinturas rupestres. Sem falar do bioma a ser apreciado, estudado e conservado” disse a Jordana Tenório. Ainda de acordo com a coordenadora, o sítio arqueológico, embora repleto de valor simbólico e cultural e seja tombado pelo Iphan, não recebia a atenção necessária. Durante a visita, foram encontrados focos da ação predatória do homem, como lixo e desmatamento. A coordenadora da Educação no Campo aponta que o local também tem potencial para ser mais um atrativo turístico de Pão de Açúcar. Os próximos passos será reunir os professores da rede municipal, primeiramente os das áreas de Geografia, História e Ciências, apresentando o projeto das aulas de campo. Depois a intenção é articular em conjunto com o Iphan para impedir a degradação do sitio. E futuramente o local tem tudo para ser aberto a visitações. Porém, será necessário uma grande fiscalização e dos devidos cuidados logísticos e ambientais. Também participaram da visita os coordenadores da Educação no Campo, Pedro dos Anjos e Oscar Santos, e Neto Gusttavo, diretor de Meio Ambiente da Semagri.