Em O Ritmo da Vingança, Blake Lively interpreta Stephanie Patrick, uma mulher devastada pela perda da família após o atentado ao voo 147, que matou seus pais e irmãos. Baseado na série de livros de Mark Burnell e dirigido por Reed Morano, o longa acompanha a transformação de Stephanie de uma vida autodestrutiva para uma busca implacável por justiça. A narrativa começa com a personagem vivendo como prostituta e dependente química, até que um jornalista, Keith Proctor (Raza Jaffrey), revela que o atentado não foi acidente, mas sim uma cobertura para o assassinato de Abdul Kaif, um reformador islâmico.

Proctor acredita que o homem-bomba, Reza Mohammed (Tawfeek Barhom), ainda está vivo e em Londres. Movida pelo desejo de vingança, Stephanie tenta matá-lo, mas hesita no último momento. Essa indecisão custa caro: Reza mata Proctor e rouba suas informações. Sem aliados, ela procura a fonte de Proctor, conhecida apenas como “B” (Jude Law), que vive recluso na Escócia. “B” decide treiná-la para que tenha uma chance real contra inimigos perigosos. Após meses de preparo, Stephanie assume a identidade de Petra Reuter, uma ex-assassina morta por “B”, e recebe sua primeira missão.

Missões e alianças perigosas

Sob a nova identidade, Stephanie passa a trabalhar com o intermediário de informações Marc Sarra (Sterling K. Brown). Ele fornece dados que a levam a eliminar pessoas ligadas ao atentado e ao misterioso mentor da operação, conhecido como U-17. A caçada a esses alvos a leva por várias cidades, com cada missão revelando mais sobre a rede por trás do crime que destruiu sua vida.

O maior mistério de O Ritmo da Vingança é a identidade de U-17. Inicialmente, tudo aponta para Reza, mas pistas e conversas deixam Stephanie desconfiada. Durante uma missão para eliminar Leon Giler (Max Casella), empresário ligado ao atentado, ela poupa a vida dele ao saber que tem filhos. No entanto, um plano de “B” garante a execução, resultando também na morte das crianças — um trauma que a leva a romper com seu mentor e se aproximar de Sarra. É nesse ponto que ela descobre que U-17 vinha eliminando pessoas com conhecimento do atentado, e que Sarra pode estar mais envolvido do que aparenta.

O clímax de O Ritmo da Vingança em Marselha

Em Marselha, Stephanie encontra Reza preparando um novo atentado. Após um tiroteio, ela o segue até um ônibus onde uma jovem usa um colete explosivo. Stephanie ataca Reza e consegue tempo para evacuar os passageiros. Antes de morrer na explosão, ele a alerta de que Sarra quer matá-la. Determinada, ela vai até a casa de Sarra e revela que não é Petra. Com um veneno adquirido em missão anterior, ela o mata, encerrando o ciclo de vingança. É aí que se confirma: Sarra era, de fato, U-17.

Depois de concluir sua vingança, Stephanie visita a família de Abdul Kaif, que financiou parte de sua operação. Duas semanas depois, “B” a procura para avisar que “Petra” precisa desaparecer novamente. Stephanie concorda, pois já não vive sob esse nome. A cena final mostra a protagonista se afastando, encerrando um capítulo, mas deixando a sensação de que sua jornada está longe de acabar.

A culpa que alimenta a missão

Um detalhe importante em O Ritmo da Vingança é o motivo de Stephanie não estar no voo com sua família. Inicialmente, ela deveria viajar, mas decidiu não ir no último momento, após receber um pedido da mãe para levar o anel de casamento esquecido pelo pai. O fato de o voo ter sido escolhido para garantir sua presença aumenta o peso da culpa que carrega. Essa culpa não apenas impulsiona sua busca por justiça, mas também molda a maneira como encara o perigo, aceitando missões quase suicidas sem hesitar.

Com ação intensa, intriga e uma protagonista marcada pelo trauma, O Ritmo da Vingança mistura drama pessoal e thriller de espionagem. Mais do que uma história de vingança, o filme é sobre transformação, escolhas e a luta para recuperar o controle da própria vida.

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